Celebração dos 5 anos da missão da Caparica-Pragal

Os Leigos para o Desenvolvimento celebraram em abril, 37 anos de vida e 5 anos da missão na Caparica-Pragal, numa história feita de vidas transformadas e comunidades a trabalhar em prol de um mundo mais humano e mais justo para todos.

No passado dia 30 de abril celebraram-se os 5 anos da missão da Caparica-Pragal, a missão dos Leigos para o Desenvolvimento (LD) em Portugal, e os 37 anos de vida da organização, num dia bem passado entre os atuais voluntários, ex-voluntários, membros da direção da organização e a comunidade local.

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O dia começou com a celebração de uma eucaristia, prosseguida de um almoço partilhado, com um momento de convívio com muita alegria e animação entre os presentes.

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Para os habitantes abrangidos pela missão da Caparica-Pragal não há dúvidas sobre a importância e o impacto positivo dos voluntários na comunidade “Eu gosto muito porque a companhia é mesmo de verdade” diz Vicenta Monteiro, membro da comunidade, “Eles são muito importantes porque eles fazem muito trabalho aqui para a comunidade, para a paróquia, dão muitas ajudas,”, acrescenta ainda Leonor Lay Wa Chinak.

Tiago Fernandes, ex-voluntário dos LD na missão de São Tomé e Príncipe, explica um bocado o funcionamento deste impacto nas comunidades “é um impacto bastante demorado, ou seja, para o criar demoramos muito, mas depois o que tiramos dele é bastante duradouro; é preciso alguma resiliência, é preciso alguma fé e esperança, não é nada, às vezes, óbvio que haja esse impacto, portanto quando penso nesse possível impacto que se tenha, o primeiro acho que é o impacto na relação com as pessoas que vivem nestes sítios, nestas comunidades; o segundo é o de a longo prazo, o de acreditar que algum sentido haverá e que frutos virão do trabalho que se faz”.

Por vezes os voluntários acabam por não colher os próprios frutos que semeiam, tal como expõe Rosa Monteiro, ex-voluntária na missão da Caparica-Pragal, “ás vezes pegamos num projeto de determinada forma e se calhar não vamos ser nós a colher os frutos desse projeto e vão ser outros, mas isso também é que é o trabalho dos Leigos”.

O trabalho desenvolvido pelo LD, não só é benéfico para as comunidades onde estão, mas também acabam também por ser benéficos para os seus voluntários, podendo até mesmo se considerarem uma “escola” de vivência intercultural, de respeito e valorização das diferentes culturas e de participação cívica. “Um dos grandes impactos foi o reaproximar da minha relação com Jesus, para além de que esta forma de trabalhar dos Leigos, de servir, de estar disponível para o outro ainda está presente e é uma continuidade do trabalho que fazia com os LD” diz Rosa Monteiro, sobre o impacto do seu voluntariado na sua vida. Acrescenta ainda a sensação de regressar a esta comunidade neste dia tão especial e de festa “É uma grande sorte ter feito missão em Portugal, porque temos uma maior possibilidade de voltar do que numa missão fora, mas é uma grande graça poder voltar, estar com as pessoas, a comunidade, é maravilhoso”.

Tiago Fernandes, que esteve também presente neste dia comemorativo, referiu se sentir feliz por fazer parte da história desta organização “eu que fiz missão há seis anos sinto que sou um desses tijolinhos que fez os Leigos se desenvolverem mais um bocadinho e dá-me grande alegria fazer parte, dá-me grande gratidão também ver que outros fazem parte”. “É uma sensação de corpo, uma sensação de fazer parte, é uma sensação de perceber que em qualquer projeto, de qualquer dimensão, especialmente destas dimensões de fé e serviço, é preciso destes tijolinhos, é preciso estas vidas humanas que se dão” acrescenta.

Quanto ao futuro não há dúvidas que a comunidade local quer a continuação do serviço e da presença destes voluntários “eu quero que siga sempre em frente, pode ser sempre assim” afirma Vicenta Monteiro. As expetativas desta missão vão subindo a cada ano e o futuro é visto com bons olhos “Eu daqui a cinco anos vejo este projeto melhor ainda, só peço que eles tenham muita força e dedicação, porque isto é uma coisa longa e há muito para fazer, e vê-se que são pessoas com muita dedicação e garra” afirma Leonor Chinak.

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