Eutanásia aos olhos de um jovem católico progressista
Seria importante que nos preocupássemos com a questão mais simples de todas: “O que levará alguém a sentir um sofrimento tão profundo e transversal que justifique preferir a morte à vida?”
Seria importante que nos preocupássemos com a questão mais simples de todas: “O que levará alguém a sentir um sofrimento tão profundo e transversal que justifique preferir a morte à vida?”
Na experiência crente, a pergunta sobre «onde está Deus» interroga-nos sobre o modo como olhamos para o mundo e os outros. Se é verdade que somos habitados pela sede, precisamos de ganhar olhos para descobrir as fontes imprevistas.
“Vais para Humanidades? Nem penses! Isso não te serve para nada”. Soube de um livreiro português na Suíça que teimava em vender livros em língua portuguesa. Na parede da sua livraria tinha escrito: “Quanto mais ignorantes melhor para os governantes”. Ele conhecia bem a utilidade social das letras e das humanidades.
«Aquilo que deixarmos passar em branco hoje, amanhã ocorrerá de novo, até que façamos disso um hábito e também nós nos transformemos numa engrenagem indispensável.» (Papa Francisco, em “Deus é jovem”)
Uma radical e não dinâmica interpretação da encíclica Humanae Vitae pode cristalizar numa posição segundo a qual só é moralmente aceitável a anticoncecionalidade que recorre aos chamados métodos naturais.
A luta contra a fome, as epidemias e a guerra, vai ser nos próximos tempos substituída pela procura da imortalidade e da felicidade, conduzindo, no limite, à aspiração da transformação do Homo sapiens num Homo deus.
O vazio assusta-nos, temos-lhe medo, quase horror. Pensar numa vida vazia, num coração vazio, numa casa vazia, não é acolhedor nem quente, nem enche as medidas. Pode o vazio trazer algo de bom?
“É também importante o desenvolvimento da liberdade pessoal, do pensamento crítico e da criatividade, capazes de confrontar as forças sociais de submissão e manipulação” (GIA)
Rezemos com o Papa para que os responsáveis encontrem novos caminhos de combate à exclusão social, mas sobretudo integremos fé e vida no nosso dia a dia, estabelecendo relações humanas inclusivas e que criem futuro.
A posição que venho defendendo é que a especialização precoce num determinado desporto pode ser uma exceção, mas não deve ser a regra.