Filosofia cristã?

Não podemos dizer que a Filosofia Cristã é a que aceita a revelação cristã: tal ciência chama-se “Teologia”; e, se um filósofo incorporasse no seu pensamento dados da revelação enquanto tal deixaria de ser filósofo e passaria a ser teólogo.

Não podemos dizer que a Filosofia Cristã é a que aceita a revelação cristã: tal ciência chama-se “Teologia”; e, se um filósofo incorporasse no seu pensamento dados da revelação enquanto tal deixaria de ser filósofo e passaria a ser teólogo.

A terceira quinta-feira do mês de novembro é, por declaração da UNESCO, dia internacional da Filosofia. Ora, por isso, ontem, dia 17, celebrámos este dia internacional. É precisamente a propósito desta celebração que desejo partilhar convosco este pequeno artigo, no qual procuraremos compreender o que se pode entender por “Filosofia Cristã”. Para abordar este problema, deveremos dar vários passos, pelo que o texto será relativamente longo. Porém, para adocicar a curiosidade do leitor, digamos desde já que o interesse do problema da Filosofia Cristã (assumindo este que tem algum interesse) vem precisamente do mesmo sítio que o facto de ser um “problema”: após a publicação da carta encíclica Aeterni Patris, de Leão XIII, que pretendia resgatar a “filosofia cristã”, surgiu o debate, entre filósofos católicos, se existe alguma coisa que possa chamar-se, de facto, “filosofia cristã”. Entraremos neste debate na reta final do artigo.

Antes de atacar o problema da Filosofia Cristã, porém, permitam-me um breve preâmbulo, à maneira de pedido de desculpa. Trata-se este de um texto bastante introdutório e, como se costuma dizer, “de divulgação”. Ainda assim, procurei que fosse realmente filosófico. Tal como seria para mim uma triste notícia que o leitor não compreendesse o que lhe tentarei dizer, seria igualmente uma pena que o compreendesse sem qualquer esforço — claro sinal de que não haveria grande coisa para compreender. Por outras palavras, é minha esperança que este seja para si um desafio intelectual. Agora, mãos à obra.

O problema da “Filosofia Cristã” é uma noção complexa — e por “complexa” não pretendo classificar o seu grau de dificuldade, mas apenas evidenciar que se trata de uma noção composta. Composta por quê? Composta por duas outras noções: “filosofia” e “cristã”. Para compreender o composto, então, cabe-nos primeiro analisar as suas partes. Darei aqui por adquirido, entre o leitor e eu, um elevado grau de acordo quanto à natureza do Cristianismo: são cristãos aqueles que aceitam a revelação cristã, isto é, a manifestação que Deus faz de si mesmo e que culmina na pessoa de Jesus Cristo, o Verbo divino encarnado. É certo que, enquanto um protestante entenderá por “revelação divina” apenas e somente as Sagradas Escrituras, um católico entenderá primeiramente a Tradição da Igreja — na qual se incluem as Sagradas Escrituras e à qual as Sagradas Escrituras servem, num certo sentido, de pontapé de partida. Um cristão, então, acredita numa série de coisas, não por ser a isso obrigado pelo uso das suas faculdades intelectuais, mas sim porque lhe é concedido o dom da Fé, que lhe permite ir além do uso natural da sua razão, por meio de um auxílio sobrenatural.

Sobre o que significa ser cristão, estas considerações, tendo em vista o propósito do presente artigo, são suficientes. Preocupemo-nos agora — e um pouco mais demoradamente — com o segundo elemento do nosso composto inicial: “filosofia”. (A razão da maior demora neste segundo elemento não é fruto de uma convicção minha de que a Filosofia, em si mesma, mereça maior consideração, mas apenas resultado da assunção, talvez errónea, de que o leitor estará menos familiarizado com este termo.)

A palavra “filosofia” é de origem Grega (φιλοσοφία) e, do ponto de vista etimológico, significa tão-somente “amor à sabedoria” (φιλία σοφίας). Tanto quanto sabemos, foi primeiramente utilizada por Pitágoras, que pretendia assim distinguir aquele que possui conhecimento daquele que o procura, deseja ou ama [[1]]. É a diferença entre o homem culto e o sábio. Como é evidente, nada impede que um homem culto se torne sábio, mas será em virtude dessa (procura de) sabedoria que lhe chamaremos filósofo.

Para melhor elucidar este termo, convém estabelecer duas distinções: a primeira entre amar a sabedoria e ser curioso; a segunda entre a filosofia e as outras áreas do saber.

Para melhor elucidar este termo, convém estabelecer duas distinções: a primeira entre amar a sabedoria e ser curioso; a segunda entre a filosofia e as outras áreas do saber. A primeira distinção joga-se entre amar a sabedoria e gostar de saber coisas, entre o sábio e o sabichão, entre a procura de um estado de plenitude para o homem inteiro (no seu saber e no seu agir, ou seja, na sua dimensão intelectual, teórica, mas também na sua dimensão prática, moral) e um homem que só quer saber mais coisas. Esta distinção, um tanto ou quanto previsivelmente, manifestar-se-á, entre tantos outros modos, na dedicação de uma vida: o sabichão, ao contrário do filósofo, nunca dedicará a sua vida à sabedoria — procurará servir-se dela, mas jamais ser seu servo.

A segunda distinção permitir-nos-á adentrarmo-nos mais naquilo que é a Filosofia. No tempo de Pitágoras, de facto, as várias ciências que conhecemos hoje estavam longe do seu atual estado de desenvolvimento e distinção. A Física, a Cosmologia e a Psicologia, para não exaurir os exemplos, figuravam entre a lista das disciplinas filosóficas ao lado da Ética, Epistemologia e Metafísica. Mas já aí — com clareza já, pelo menos, desde Aristóteles — os filósofos compreendiam que, na procura pela sabedoria, a Metafísica tinha um lugar eminente, que lhe valia diferentes nomes: “Metafísica”, pois preocupa-se com o que está para lá da Física, ou seja, o que está para lá do corruptível; “Ontologia”, porque estuda o ser em si mesmo, e não considerado segundo qualquer aspeto particular; “Teologia”, por ser a mais profunda e mais elevada, a mais divina das ciências; e “Filosofia Primeira”, por servir de cabeça e guia às restantes disciplinas filosóficas. Sim, “uma ciência” — a Metafísica é, sem dúvida, uma ciência: é uma disposição estável para conhecer o “ser comum”, o “ser enquanto ser”; e é um corpo de conhecimento, um conjunto de proposições (tanto quanto sabemos, verdadeiras) que procura descrever a realidade. E, além de ciência, a Metafísica é uma ciência exata.

O que significa dizer que a Metafísica é uma ciência exata? Significa dizer, implicitamente, que é uma ciência objetiva, ou seja, que não é um conhecimento subjetivo, que não depende do sujeito, do indivíduo que estuda, mas sim do objeto estudado. E significa dizer, explicitamente, que é uma ciência exata, ou seja, que as suas conclusões não são probabilísticas, não são apenas “mais prováveis” do que as contrárias, mas tão certas quanta certeza pode ter o intelecto humano.

Permita-me o leitor, a este ponto, uma curta nota autobiográfica. Sou estudante e professor de Filosofia. Estudo, em concreto, a Filosofia Tomista — isto é, o corpo de conhecimento filosófico fundado por São Tomás de Aquino e desenvolvido ininterruptamente, ao longo dos séculos, pelos seus discípulos, até aos nossos dias. Ora, quando conheço outros estudantes de outras áreas e lhes digo isto, ficam sempre muito animados: “Filosofia, uau, que giro! Deve ser mesmo bom para aprender a pensar” — e têm razão. Porém, após cinco ou dez minutos de conversa (nos quais lhes apresentarei algum ponto da Filosofia Tomista como objetivamente verdadeiro), cairão de imediato em algum tipo de relativismo: “oh, percebo, mas quer dizer… isso é só uma visão entre outras”. Ora, é evidente que o Tomismo é uma visão entre outras — mas daí não se segue que as outras sejam igualmente verdadeiras. Imagino já que o leitor esteja a torcer o nariz, como estes outros estudantes que costumo encontrar… Enfim, isso seria pano para outra conversa: aqui direi apenas que não é por estudar o Tomismo que o acho a mundividência mais conforme à verdade; mas, pelo contrário, foi por me parecer a mundividência mais semelhante à realidade (e mais apta a descrevê-la) que decidi começar a estudar a Filosofia Tomista. Mas, seja o Tomismo ou outra qualquer, veja o leitor que seria um tanto ou quanto vazio de significado dizer que a Filosofia nos ajuda a “pensar bem”, se não fosse possível “pensar mal”; e não vejo qual será a diferença entre uma e outra, senão o quão mais próximo da verdade nos permita chegar.

Tal como nas restantes ciências, a objetividade da Filosofia não advém da uniformidade de opiniões. (Afinal de contas, ainda hoje existem terraplanistas!) A objetividade da Filosofia vem, isso sim, do seu método.

Tal como nas restantes ciências, a objetividade da Filosofia não advém da uniformidade de opiniões. (Afinal de contas, ainda hoje existem terraplanistas!) A objetividade da Filosofia vem, isso sim, do seu método. E o método filosófico — cedo percebeu Aristóteles — baseia-se em dois pressupostos. Em bom rigor, esses pressupostos são indemonstráveis, mas apenas a aceitação de ambos permite a existência de conhecimento filosófico (e, já que aqui estamos, de qualquer outro tipo de conhecimento científico da realidade). O primeiro desses pressupostos é que o intelecto humano, ao raciocinar, pode raciocinar bem ou mal; e raciocinará bem ou mal conforme siga ou não os princípios da Lógica, que, na sua raiz mais fundamental, se apoiam em dois, a saber: (i) o princípio de identidade — o que é verdadeiro é verdadeiro; o que é falso é falso —; e (ii) o princípio de não contradição — algo não pode ser verdadeiro e falso ao mesmo tempo e sobre o mesmo aspeto.

Já o segundo pressuposto é que os princípios da Lógica encontram a sua raiz na própria realidade, ou seja, não são meramente intelectuais, mas reais: (i) o que existe existe; o que não existe não existe; uma coisa é igual a si mesma; e (ii) algo não pode existir e não existir ao mesmo tempo e sobre o mesmo aspeto; algo não pode ser diferente de si mesmo. Ora, estes pressupostos (que estou a apresentar com, talvez, demasiada brevidade) foram usados por Aristóteles para resolver a famosa polémica entre Parménides e Heraclito, assim como entre Atomistas e Platónicos; e, mais tarde, recorreram a eles os Tomistas para resolver o debate medieval entre Nominalistas e Neoplatónicos.

Esta visão (implícita em inúmeras filosofias, mas tomada como baluarte e arma de combate pelos tomistas) recebeu um nome pomposo, “realismo crítico”, mas é, tão-somente, o uso da razão para conhecer o mundo. É sobre o realismo crítico — na aceitação da realidade como inteligível, como capaz de ser objeto de conhecimento, como merecedora de uma crítica racional — que se baseia o método filosófico e que, portanto, se constrói o edifício do saber filosófico.

Enfim — muitas outras coisas se poderiam dizer sobre este assunto — e muitas outras coisas valeriam a pena ser ditas — e muitas outras coisas gostaria eu de dizer. Devemos, porém, voltar ao nosso tema, a “Filosofia Cristã”, tendo por adquirido a objetividade da Filosofia. De facto, como já se tornou dado do senso comum, a crença de que apenas as ciências naturais e matemáticas permitem conhecimento objetivo, ou é falsa, ou é contraditória (pelo simples facto de não termos chegado a essa crença, nem pelas ciências naturais, nem pelas ciências matemáticas). Afinal, se Deus nos deu a razão natural, por muito manchada que esteja pelo pecado original, algum conhecimento deve ser possível obter. Basta o leitor dar dois minutos de atenção ao assunto e verá que não há nenhuma razão em particular (tirando os preconceitos de uma sociedade relativista) para se achar que a Física e a Matemática podem chegar a um conhecimento objetivo, mas a Filosofia não.

Basta o leitor dar dois minutos de atenção ao assunto e verá que não há nenhuma razão em particular (tirando os preconceitos de uma sociedade relativista) para se achar que a Física e a Matemática podem chegar a um conhecimento objetivo, mas a Filosofia não.

Este ponto — a objetividade da Filosofia — é particularmente relevante para o problema da conceção de Filosofia Cristã. Quando, em 1879, o Papa Leão XIII publicou a carta encíclica Aeterni Patris, as várias traduções deram-lhe o subtítulo “Sobre a Restauração da Filosofia Cristã”. Isto veio a suscitar uma grande polémica intelectual entre os filósofos católicos do século XX, em particular os francófonos. No final de contas, se a Filosofia é uma ciência objectiva — ou, pelo menos, se é fruto da razão humana sem o auxílio da revelação —, o que significa chamar-lhe “cristã”? Afinal, seria risível falar de uma Física Cristã ou de uma Química Cristã [[2]]. Como pode a Filosofia ser cristã? Não há dúvida de que um determinado filósofo possa ser cristão, tal como um determinado biólogo pode ser cristão: mas isso não faz dessa ciência uma ciência cristã — um biólogo judeu e outro ateu estudam a mesma ciência que o cristão, a qual se chama Biologia e não “Biologia Cristã”, “Biologia Judaica” ou “Biologia Ateia”.

Também não podemos dizer que a Filosofia Cristã é aquela que aceita a revelação cristã: tal ciência chama-se, já não “Filosofia”, mas “Teologia”; e, se um filósofo incorporasse no seu sistema de pensamento dados da revelação enquanto dados da revelação — e não enquanto factos demonstráveis pela razão (isto porque nada impede que, em alguns casos, possam coincidir) —, então deixará de ser filósofo e passará a ser teólogo. Esta solução, então, preserva o atributo “cristã”, mas destrói o substantivo “filosofia”. Procuremos outra solução.

Outra aparente solução seria a seguinte: a Filosofia é uma ciência objetiva e exata; assim, podemos falar de “verdadeira filosofia” e de “filosofias falsas” ou “falaciosas”. Ora, sendo Deus a fonte, quer da razão humana, quer da revelação cristã, a verdadeira filosofia, embora não aceite, como ponto de partida, a revelação cristã, deverá, pelo menos, ser-lhe coerente [[3]]. E, uma vez que será uma filosofia coerente com o Cristianismo, poderá ser chamada “filosofia cristã”. Ora, esta solução, claro está, não comete o erro da anterior. Porém, cai no oposto: não preserva “cristã” à custa de “filosofia”, mas, apesar das aparências, preserva “filosofia” à custa de “cristã”. Se as duas únicas opções são “não ser realmente filosofia” e “ser filosofia cristã”, então o “cristã” não está a ali a fazer nada. A Física Contemporânea e a Bioquímica também são compatíveis com o Cristianismo, mas não se chamam “cristãs” — desde logo porque (como vários sistemas filosóficos incluídos nas “filosofias cristãs”) também são compatíveis com o Judaísmo e com o Islamismo. Além disso, que a filosofia verdadeira seja coerente com a revelação cristã é, do ponto de vista dessa filosofia, uma mera coincidência — a filosofia é Filosofia, e calha que um cristão a pode aceitar sem contradição, mas ela não tem nada de intrinsecamente cristã.

Parecemos estar diante de um impasse: se é filosofia, não aceita quaisquer dados de qualquer revelação; mas, se é cristã, aceita os dados da revelação cristã. Significa isto que não pode haver filosofia cristã e que, por isso, o uso do Papa Leão XIII (e de tantos outros antes dele, desde Santo Agostinho) é impróprio? Respondeo dicendum quod non — respondo dizendo que não, o uso da expressão “filosofia cristã” não é impróprio. De quanto vimos, é evidente que “cristã” não pode especificar “filosofia” enquanto ciência — as ciências são especificadas pelo seu objecto, e o objecto da Metafísica é o ser enquanto ser. Porém, do facto de “cristã” não especificar “filosofia” enquanto ciência, não se segue que “cristã” não possa especificar “filosofia” em absoluto. Parece ser esta a resposta de Filósofos como Gilson [[4]] e Maritain [[5]], no seu esforço tipicamente tomista de reconciliar a razão e a autoridade da Igreja: a filosofia diz-se cristã, não enquanto ciência, mas enquanto actividade.

Depois de tão longa discussão, talvez esta resposta saiba a pouco, mas basta que nos detenhamos um pouco nela para saborearmos os seus frutos. Enquanto cristão, um filósofo cristão poderá acreditar em X e Y como dados de Fé; enquanto filósofo, porém, só poderá dar o seu assentimento a X e Y, se eles forem demonstráveis pela razão natural. Mas note atentamente: é precisamente por ser cristão que esse filósofo inquirirá, pelo uso da razão, acerca da verdade de X e Y. Assim, embora a causa do seu assentimento, enquanto filósofo, seja puramente filosófica, a questão só foi colocada pelo seu cristianismo. Enquanto ciência, é pura Filosofia; mas, enquanto atividade, é tão filosófica quanto cristã.

Note ainda mais. Não apenas no ponto de arranque, mas também na revisão final, o filósofo cristão recorre ao seu cristianismo: convicto de que a verdade não se poderá nunca contradizer, o filósofo cristão recorrerá — não enquanto filósofo, mas apenas enquanto cristão — à revelação para retificar ou ratificar as suas conclusões; e — então sim, enquanto filósofo —, se for o caso, retificará o seu raciocínio, recorrendo agora de novo à razão natural.

Em suma, o filósofo cristão será levado, pelo simples facto de ser cristão, a colocar perguntas concretas, que lhe interessarão mais do que outras (e mais do que a outros) — Deus existe? O ser humano tem uma alma imaterial? Há um código moral objetivo? etc. — e ouvirá humildemente o seu cristianismo, disposto a saber-se errado e a procurar uma nova solução — tal como o pupilo, que, apesar de convicto da sua resposta, (se quiser progredir) deverá aceitar a correção do mestre e procurar uma nova resposta. Assim, compreende o filósofo cristão, a razão é aprendiz da Fé — e a graça é mestra da natureza.

 

[[1]] Austin Woodbury. Introduction to Philosophy, 2.
[[2]] Maurice Blondel. “Les exigences de la pensée contemporaine en matière d’apologétique et la méthode de la philosophie dans l’étude du problème religieux”, em Annales de philosophie chrétienne (III, Março de 1896), p. 613.
[[3]] C. Sierp, em Joseph Kleugten. La Philosophie Scolastique, t. I, p. VIII.
[[4]] Étienne Gilson. “La notion de philosophie chrétienne”, em L’Esprit de la Philosophie Médiévale (Paris: Librairie Philosophique J. Vrin, 1969), pp. 17-38.
[[5]] Jacques Maritain. “De la notion de philosophie chrétienne”, em Revue Philosophique de Louvain (34, 1932), pp. 153-186.

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