Exposição: Pequenos fogos

Exposição decorre na Brotéria até 26 de fevereiro e apresenta um encontro entre as obras de José Leonilson e de Tomás Cunha Ferreira.

Exposição decorre na Brotéria até 26 de fevereiro e apresenta um encontro entre as obras de José Leonilson e de Tomás Cunha Ferreira.

Pequenos Fogos – Exposição
de 13  de janeiro  a 26 de  fevereiro – Brotéria

José Leonilson morreu jovem, vítima de SIDA, em 1993, aos 36 anos. Deixou cerca de 4000 obras.
Movidos por um fascínio comum pela sua obra, a Brotéria provocou Tomás Cunha Ferreira (Lisboa, 1973) para um encontro em modo de exposição. Pequenos Fogos é uma das obras de José Leonilson (Fortaleza, 1957 – São Paulo, 1993) presentes neste diálogo entre as obras dos dois artistas, em que se cruzam duas geografias e duas épocas. Um caminho de encontro e de conversão que dá lugar a práticas artísticas multidisciplinares onde se ensaiam novas possibilidades nos processos individuais.

Horário
Segunda a Sábado, 10h–18h

Visita guiada
Quarta-feira, 16 fevereiro das 19h às 20h30
com o curador, o P. João Sarmento SJ, e com o artista Tomás Cunha Ferreira
Entrada livre

Biografias

José Leonilson

Pintor, desenhista, escultor. Nasceu em Fortaleza no ano de 1957. Em 1961, muda-se com a família para São Paulo. Entre 1977 e 1980, frequenta o curso de educação artística na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), onde é aluno de Julio Plaza e Nelson Leirner. Tem aulas de aguarela com Dudi Maia Rosa na escola de artes Aster, que frequenta entre 1978 e 1981. Nessa altura vive algum tempo na Europa  e em 1981, em Madrid, faz a sua primeira exposição individual na galeria Casa do Brasil, viajando por outras cidades da Europa. Em Milão, convive com António Dias, que o apresenta ao crítico de arte ligado à transvanguarda italiana – Achille Bonito Oliva.

Em 1982 volta ao Brasil. A obra de Leonilson é predominantemente autobiográfica e está concentrada nos últimos dez anos da sua vida. Segundo a crítica Lisette Lagnado, cada peça realizada pelo artista é construída como uma carta para um diário íntimo. Em 1989,começa a fazer uso de costuras e bordados,que passam a ser recorrentes na sua produção.

Em 1991, descobre ser portador do vírus HIV (SIDA). Esta condição repercute-se de forma dominante em sua obra. O seu último trabalho, uma instalação concebida para a Capela do Morumbi, em São Paulo, em 1993, tem um sentido espiritual e alude à fragilidade da vida. Por essa mostra e por outra individual realizada no mesmo ano, recebe, em 1994, homenagem póstuma e o prémio da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA)

Tomás Cunha Ferreira

O trabalho de Tomás Cunha Ferreira (Lisboa, 1973) combina vários suportes, numa prática em circuito aberto e transfronteiriça – cada trabalho assume-se como protótipo que pode tomar diversas formas, funcionando como possível partitura, notação, poema visual, emblema, padrão, pintura, entre outros. Nessa medida, cada trabalho resulta numa figura híbrida condensada, cuja leitura está em constante transição entre elementos visuais e elementos rítmicos ou sonoros. Tomás Cunha Ferreira vive e trabalha em Lisboa

Pequenos Fogos é possível graças ao empréstimo de obras de José Leonilson por parte da Coleção da Caixa Geral de Depósitos, da Coleção Teixeira de Freitas e das coleções privadas de Leda Catunda e Luiz Zerbini.

Localização da BrotériaR. São Pedro de Alcântara 3 – 1250–237 Lisboa, Portugal

Mais informações – site Brotéria

* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.


Brotéria Logo

Sugestão Cultural Brotéria

Esta secção é da responsabilidade da revista Brotéria – Cristianismo e Cultura, publicada pelos jesuítas portugueses desde 1902.

Conheça melhor a Brotéria