O Bairro da Boa Morte, situado na cidade de São Tomé, é reconhecido pelo seu dinamismo cultural, que vai desde o Tchiloli (teatro popular autóctone de São Tomé) à arte pública, passando pelos artistas, costureiras e artesãos, cuja criatividade e arte de bem fazer não deixa ninguém indiferente.
No âmbito do projeto “(Re)Criar o Bairro” financiado pelo Instituto Camões e pela Fundação Calouste Gulbenkian e através de um processo de construção partilhado com a comunidade, os Leigos para o Desenvolvimento, em parceria com o Teatro Viriato e o Arquivo 237, desenvolveram o Roteiro da Boa Morte.
Ao longo de 7 dias consecutivos, [entre 14 e 20 de novembro], tivemos a oportunidade de contar com uma equipa [Joana Antunes (produção cultural), e a Joana Alves (realização e edição) para a realização de filmagens], trazida a São Tomé com o principal objetivo de criar materiais publicitários capazes de apresentar o bairro, a identidade, a cultura e as pessoas da Boa Morte.
Nestes dias de trabalho e calor intenso, que duravam muitas vezes do nascer ao pôr-do-sol, a equipa de filmagens dedicou-se a percorrer o bairro, sendo quase sempre acompanhada pelos moradores de todas as idades que, ora eram atores principais da cena, ora decidiam juntar-se apenas para acompanhar o processo com muito entusiasmo, “começou a ver-se o futuro”…
Os vídeos finais, que estão agora em fase de edição, serão apresentados e utilizados como meio de divulgação do Roteiro da Boa Morte, que se apresenta como um produto turístico e cultural inovador que inclui uma oferta pioneira a nível do Tchiloli, da arte pública e do comércio e artesanato, proporcionando a qualquer turista um mergulho no Bairro da Boa Morte e na cultura santomense através de uma visita encenada.
E porque nada disto seria possível sem o envolvimento de todos, fica o nosso enorme agradecimento às instituições públicas e privadas, a todos os convidados/participantes e à comunidade em geral, que os tornaram possíveis e contribuíram para que estes dias de filmagens fossem dias de muita alegria no bairro.
