Sobre a despenalização e a eutanásia
O Ponto SJ recebeu um texto do P. Vasco Pinto de Magalhães, sj como reação ao texto de Isabel Allegro de Magalhães sobre a despenalização da eutanásia, aqui publicado no dia 16 de Agosto. Aqui fica esse texto.
O Ponto SJ recebeu um texto do P. Vasco Pinto de Magalhães, sj como reação ao texto de Isabel Allegro de Magalhães sobre a despenalização da eutanásia, aqui publicado no dia 16 de Agosto. Aqui fica esse texto.
A verdade que era «uma» ou «a minha» agora converteu-se em «a verdade». Isto sugere-nos duas oportunidades inovadoras e diferenciadoras no modo como fazemos política.
A Kofi Annan se deve, naqueles tempos confundidos, a coragem do verbo, e a extraordinária capacidade de, mesmo assim, ser um diplomata. Devemos-lhe, por todos estes momentos. E por, em síntese, ter sido um grande Secretário-Geral da ONU.
Como cristã contemplo um Horizonte transcendente à existência. Faço minhas as palavras de uma oração hindu, ao pedir que cada pessoa possa levar a sua vida até ao fim. Mas, tudo tomado em conta, sou a favor da despenalização da eutanásia.
À ideia do pós guerra de que o capitalismo teria um mundo de crescimento e emprego, e liberdade, para oferecer à humanidade, sobrepõe-se a distopia do sacrifício, acompanhada das narrativas apocalípticas.
Ao analisar todos os contornos da história de Robles concluo que, a existir, o seu erro não seja muito diferente da atitude e das palavras agressivas e ofensivas que tenho ouvido.
É urgente que os católicos se empenhem em criar sonhos de uma sociedade ideal baseados no Evangelho e na reflexão acumulada pela Igreja ao longo de dois mil anos. Indo mais além da dicotomia esquerda versus direita.
A questão é a de saber como é que é possível responder simultaneamente ao requisito da legitimidade democrática de decisões que afetam diversas comunidades políticas e à necessidade de eficácia dessas mesmas decisões.
Adversário político, Pedro Mota Soares, aprendeu a estimar João Semedo (1951-2018). Esta crónica é uma homenagem, mas também a prova de que o apreço e o diálogo sério e sereno são possíveis em política entre “adversários” que se respeitam.
Quando “avançar para diante” implica deixar de olhar para a pessoa, fechar-se no seu egoísmo, ser indiferente à vida ou morte do semelhante, estamos em evidente regressão.