Há cada vez menos alunos para ensinar
Há menos 600 mil alunos em cinquenta anos. Posso assim centrar-me apenas na Educação, partindo desta inegável evidência de que há cada vez menos alunos para ensinar.
Há menos 600 mil alunos em cinquenta anos. Posso assim centrar-me apenas na Educação, partindo desta inegável evidência de que há cada vez menos alunos para ensinar.
Gostaria muito que o nosso sistema educativo ajudasse a desenvolver Aprendentes-Ativistas. Crianças e jovens que têm o seu percurso escolar baseado numa intencionalidade educativa geradora de novos mundos.
Não há orgulho entre um pai e um filho, assim como não há justiça quando o que está em causa é a misericórdia de um pai. Os filhos – disse-me o padre António Vaz Pinto – não se educam com justiça, mas sim com misericórdia. Chega e sobra.
Num levantamento feito há pouquíssimo tempo num universo de 900 alunos, concluímos que os cinzentos elogiam o que em certos casos lhes poderá estar a ser subtraído: fundamentalmente, professores disponíveis e que expliquem bem.
Este exercício semanal desafia-nos a pôr constantemente a nossa prática em questão, no desejo do verdadeiro do magis, para que a nossa vida faça sentido e a nossa missão como educadores possa dar mais frutos.
Apesar de haver necessidade de mais estudos, temos já algumas evidências que sugerem que o uso excessivo das redes sociais pode aumentar sentimentos de depressão, ansiedade, stress, privação do sono, compulsão, solidão e narcisismo.
Ao invés de nos perguntarmos “o que há de tão especial no TikTok para as crianças e jovens ficarem tão viciados?”, talvez devamos perguntar-nos “como aproveito o que há de melhor no TikTok, e capacito os jovens para lidarem bem com isso?”
Perguntámos a 15 crianças entre os 3 e os 13 anos o que sentiram quando puderam observar os rostos dos adultos. Concluímos que as crianças necessitam de ver a face dos adultos para sentirem segurança e bem estar.
Para um cristão, inspirado por Jesus no modo como vai ao encontro do outro e das suas fragilidades, proteger e cuidar de uma criança é tão simplesmente amá-la incondicionalmente. Parece tão simples, mas é o maior desafio das nossas vidas.
O ensino tem, sim, uma importância emancipadora, que, sendo única, não se pode ignorar, relativizar ou desvirtuar; e os professores, se o são de verdade, têm de assumir o dever de educar que lhe cabe.