Não, nada está garantido, caro burguês!
Num mundo mais incerto, a graça a pedir é uma fé mais adulta, não a ilusão de que “vai ficar tudo bem” aqui, agora e sempre.
Num mundo mais incerto, a graça a pedir é uma fé mais adulta, não a ilusão de que “vai ficar tudo bem” aqui, agora e sempre.
Necessitamos de autoridades credíveis. Especialmente nesta altura, precisamos de orientação que todos aceitem; precisamos de liderança sem coerção. Para isso, as autoridades têm de cuidar da sua reputação.
“Não estar bem” não é bom nem desejável. Mas creio ser importante desfazer uma espécie de ditadura que às vezes nos é imposta de uma humanidade impecável, sempre bem, performativa.
Espera-nos uma dolorosa crise, em que a consciência de que chegam tempos difíceis nos dá a pequena vantagem de nos dispormos para o incerto. Uma forma de nos prepararmos para uma dura viagem é recordar o clássico “O Senhor dos Anéis”.
Passados 2500 anos, quando, numa “hybris” colectiva, se pensava que a ciência e a tecnologia tinham sido capazes de encontrar formas imbatíveis de dominar a Natureza, a realidade veio comprovar, de novo, a fragilidade da nossa condição.
É importante a dimensão simbólica deste ato, que celebra a democracia conquistada. Esta cerimónia adaptada, controlada, à porta fechada mantém a normalidade possível e contribui para agregar a comunidade em torno dos seus valores fundadores
O personagem do homem do lixo, que habita os nossos quotidianos sempre por trás do pano de fundo, pode ser uma chave hermenêutica para interpretarmos o mistério da salvação.
Enquanto professora, vejo a necessidade de adaptar aquilo que faço a esta nova realidade como um desafio exigente. Nunca o fizemos. Por isso, consola saber que a primeira coisa que me é pedida é que não tenha medo.
Os 17 ODS têm uma coisa em comum: afirmam, cada um no seu campo, que a sustentabilidade é o mais básico e decisivo desafio que confronta a Humanidade esteja ela onde estiver, tenha ela o grau de desenvolvimento que tiver, seja ela quem for.
Não vivemos num admirável mundo novo! A História tem a faculdade de nos mostrar isso mesmo e de evidenciar as nossas vulnerabilidades, apesar das conquistas e dos progressos alcançados em domínios muito variados.