À porta da barbárie
Impotentes diante da guerra, cabe-nos proteger o que conquistámos e promover o que nos humaniza e está por conquistar. Não é coisa pouca.
Impotentes diante da guerra, cabe-nos proteger o que conquistámos e promover o que nos humaniza e está por conquistar. Não é coisa pouca.
É na capacidade do sistema de se autorreconhecer, criticar e regenerar que se decide o combate à normalidade do pensamento antissistema: se deixamos de ter uma alternativa válida para apresentar, então o movimento antissistema tem razão.
Sem risco, o pássaro bebé nunca poderá tentar o seu primeiro voo. Sem proteção, cairá do ninho. A solução encontra-se algures no equilíbrio entre estas duas posturas e pode ser descoberta através do princípio da subsidiariedade.
Estou convencido que andamos a usar as armas certas com o inimigo errado: batemos na polarização até mais não, quando devíamos era bater no tribalismo. Devíamos abraçar a polarização, a diversidade e a criatividade que traz consigo
O estado de direito não se dá bem com a justiça-popular-imediato-intuitiva. Aliás, aquilo que constitui o estado de direito é precisamente o facto de não depender da vontade da maioria, mas de procedimentos próprios de aprovação.
Fazer política não é descobrir a realidade tal como ela é, mas antes conjugar as diferentes perceções da realidade comum, tal como desejamos que seja.
Esta semana, a Brotéria recomenda a leitura de A Grande Escolha, o último livro de Adolfo Mesquita Nunes, sobre o maior dilema económico e social dos dias de hoje.
Com maior ou menor alcance, a vasta maioria das decisões políticas (para não dizer todas) têm sempre a capacidade de formar a cultura moral social. A política não se pode desligar considerações sobre o que é o bem e o mal.
É com perguntas mais definitivas e controversas do que aquelas a que nos habituámos – sobre a relação da pessoa com a natureza, com o “estrangeiro”, o consumo, os seus mais próximos – que se encontram as fontes das divisões contemporâneas.
O mais recente livro de Bernardo Pires de Lima é a sugestão de leitura da Brotéria para esta semana. Uma análise pertinente sobre democracia, liberdade e política internacional.