Saiu o novo CD, É Tudo Isto Ser Gambozino!

Saiu o novo CD, É Tudo Isto Ser Gambozino!

O novo CD dos Gambozinos está finalmente nas bancas! Para quem acompanhou relativamente de perto as várias etapas de produção, é muito gratificante! Tudo começou em 2018: à data tínhamos músicas desde há 8 anos de campos de verão à espera de serem eternizadas. Nesse mesmo ano, para além das músicas normais de campo, surgiram também 8 músicas originais de Santas e Santos, algo que nunca antes tinha acontecido. Surgiu então a ideia de aproveitar este novo reportório e fazer um CD- dois em um!

Depois de escolhidas as 15 músicas que iam entrar no CD, improvisámos um estúdio de gravação, com a preciosa ajuda do Cubo Music Studio. Apesar do esforço logístico que envolve cruzar horários e disponibilidades, as gravações foram essencialmente momentos de encontro entre várias gerações de animadores para criar algo capaz de mostrar, nem que seja um bocadinho, aquilo que é ser Gambozino.

Agora que podemos ouvir e tocar no produto final, é incrível como este CD representa tantas coisas diferentes para tantas pessoas. Para alguns transporta-os para um campo, para outros recorda uma memória, um sentimento ou uma pessoa. No final o que esperemos que transmita a todos os que o ouçam é a alegria de ser Gambozino.

O nome: (não poderia ser de outra forma) É Tudo Isto Ser Gambozino.

Madalena Ravara

Fala-nos do Gancho

Fala-nos do Gancho

No início deste ano de atividades, tudo começou de forma atípica, uma vez que nos habituámos a viver por detrás dos ecrãs.

Em novembro, pude estar presencialmente com os animados do meu concelho e foi sem dúvida uma enorme motivação para continuar esta missão com ainda mais alegria e com um sentimento renovado do verdadeiro sentido de família gambozínica.

Em dezembro, voltávamos à nova realidade, tudo se encontrava novamente fechado. Contudo, não podíamos desistir tão facilmente, não podíamos baixar os braços. Agora mais sábios, sabíamos como dar a volta ao “problema” que é o confinamento, porque este é o tempo favorável! Claro que sempre acompanhados de diversas dificuldades, tais como encontrarmos uma hora e dia em que todos os animadores se pudessem reunir e contribuir de alguma forma para que a atividade fosse inesquecível e a melhor de sempre. Propusemos então uma atividade para durar cerca de hora e meia, mas o sucesso foi tal que durou mais de três horas, tudo graças ao entusiasmo dos miúdos.

Querendo superar as expectativas do mês anterior, sugerimos juntar os dois grupos a nível nacional (Gancho e GAP). Desta vez, não fizemos nem uma, nem duas atividades, mas sim três atividades com dois grandes objetivos que se estenderam por dois meses. O primeiro objetivo era passar tempo de qualidade com a família, em que propusemos verem um filme, escolhido por nós, durante a semana. O segundo era fortalecer laços a nível nacional, conhecerem e/ou reverem gambozinos dos outros núcleos, já que só se veem nos campos, durante o verão. Os objetivos foram cumpridos e de atividade para atividade, notou-se um crescendo de alegria, uma dedicação e entusiasmo inimagináveis de ambas as partes. Num lado, os animados, que semana após semana nos mandavam mensagem a perguntar quando é que iriam receber novamente um filme para poderem vê-lo em família e nos perguntavam, também, quando é que seria o jogo relacionado com o filme. Muitos deles ocupavam as tão famosas salas de espera do Zoom 15/20 minutos antes da hora da atividade. No outro lado, nós, os animadores, desolados por não os podermos ver, nem conversar com eles presencialmente, mas acima disso tudo, alegres e motivados para percorrer este caminho com eles e mostrar-lhes que Deus existe nestas pequenas coisas, nos filmes em família, nas salas de espera do Zoom, nas atividades de três horas, etc etc etc.

Neste mês que passou, quisemos dar-lhes algo palpável, algo onde eles se pudessem lembrar dos Gambozinos e d’Aquele que morreu por nós na Cruz, para nos salvar. Fizemos então chegar a casa de cada um dos animados do Gancho um calendário da Semana Santa, onde cada dia tinha a sua proposta para os ajudar a ver Deus em todas as coisas, até nas mais pequenas, desde pequenas orações, a aprender a fazer receitas em família.

Neste mês que começa agora, abril, não é como costumam dizer “abril águas mil”, de chorar por coisas insignificantes estamos todos nós fartos, queremos agora limpar os olhos dessas lágrimas que nos impedem de ver quem realmente é Deus, de O ver em todas as coisas! E é seguindo estas linhas de fundo que eu, o Gancho, o Núcleo Norte e os Gambozinos nos vamos encontrar com Ele diariamente!

Zé Maria Matos

Meio ano de GEMA

Meio ano de GEMA

Começou em dezembro. Reunimo-nos uma vez por mês, durante umas duas horas que passam a correr, e somos convidados a participar em inúmeras atividades. Muitas vezes antes de entrar confesso que me dá alguma preguiça, mas no final até me sinto parva por ter pensado em faltar porque saio com outra motivação, mais uma perspetiva diferente, com uma força de vontade ainda maior e também muito mais animada! Apesar de ainda não termos tido a oportunidade de viver uma reunião de GEMA presencial, e com muita pena minha, aquelas que já passaram foram gratificantes. A transbordar de simplicidade, de curiosidade porque nunca sabemos o que aí vem, de vontade de viver a fé juntos, decifrar um bocadinho daquilo que é ser animador e de partilhar tudo e mais alguma coisa. Tem sido ótimo para fugir da monotonia que invadiu a minha rotina nos últimos meses e rever pessoas com quem já não estou há muito tempo, seja porque vivem longe (sim, porque este ano o GEMA é NACIONAL!) ou porque simplesmente não foi oportuno devido à pandemia.

Embora nunca tenha tido a certeza de que queria animar, prometi a mim mesma que não iria dizer que não sem antes experimentar e, fazendo o GEMA parte desse percurso claramente não podia deixar passar. Também não queria de todo deixar os Gambozinos, portanto tinha mesmo de me inscrever no GEMA. Foi uma ótima decisão! Como já falámos numa das reuniões, tem sido super positivo uma vez que me tem ajudado a desconstruir a ideia fixa que eu tinha sobre o que é ser animador através dos testemunhos e até jogos/BTS/conversas que me fizeram sair da minha zona de conforto. Uma das coisas que os gambozinos sempre me influenciaram foi voltar a focar no essencial, e o GEMA não tem sido exceção! Estou extremamente ansiosa para que seja possível deixar de ver as pessoas em quadradinhos, e aproveitar o bom que é estarmos todos juntos!

Kika Bustorff

Fazer das tripas coração

Fazer das tripas coração

Reza a lenda que, no início dos Descobrimentos, os portuenses decidiram encher os barcos rumo a Ceuta com toda a carne da cidade, deixando apenas na cidade as tripas dos porcos. A partir destas, os habitantes do Porto reinventaram a sua alimentação e transformaram um prato execrável numa das iguarias da cidade – as “tripas à moda do Porto”

Nos dias de hoje, a penitência foi-nos imposta, muito antes de haver Quaresma. O confinamento, o isolamento social, a impossibilidade de ir aos bairros, os gambozinos que apenas vemos através de um ecrã, apenas demonstram que as tripas já as temos, sem que tenhamos decidido por elas. (cf. texto do P. José Frazão no Ponto SJ)

Por isso mesmo, abre-se aqui uma janela de oportunidade para “fazer das tripas coração”, ou seja, para transformar a renúncia num movimento de doação e fazer um verdadeiro sacrifício. Ora, à letra, sacrifício significa “um feito sagrado”, por isso fazer um sacrifício significará algo como “tornar sagrado aquilo que se faz”. Se a quarentena nos impõe o que fazer, cabe-nos a nós torná-lo sagrado!!

Para isso, apercebi-me estar a meio de um caminho de Quaresma, que me pode levar à conversão da renúncia em doação através de 3 movimentos e ajudado por 3 padroeiros. Convido-vos a juntarem-se a mim!

1.º ACOLHER – S. José

A renúncia está já presente, não há como escapar, nem há necessidade de criar muitas outras. Tal como aconteceu a S. José, as nossas vidas e planos foram trocados e desiludidos. Por isso, há que agarrar a vida e acolher a realidade, confiado que “a vontade de Deus, a sua história e o seu projecto passaram também através da angústia de José. Assim ele ensina-nos que ter fé em Deus inclui também acreditar que Ele pode intervir inclusive através dos nossos medos, das nossas fragilidades, da nossa fraqueza.” (Patris corde, Papa Francisco)

2.º AGRADECER – S. Inácio de Loyola

O Peregrino, que sonhava viajar e ficar por Jerusalém, acabou os seus dias limitado a Roma, onde, devido ao seu cargo de Geral, passava a maior parte do tempo sentado à secretária a escrever cartas para toda a Companhia de Jesus. Ainda assim, de duas em duas horas rezava o Exame, começando sempre dando graças, confiado de que esta sua missão era para a maior glória de Deus. Agradecer o que custa, custa, mas é porta de entrada para a Graça de Deus.

3.º DAR – B. Francisco Gárate

“A partir da portaria de um instituto de ensino, este jesuíta (…) tornou presente a bondade de Deus pela força evangélica do seu silencioso e humilde serviço” (Papa João Paulo II). Na verdade, o extraordinário da vida do Irmão Gárate foi a sua capacidade de fazer da doação de si mesmo, o sacrifício contínuo de uma “vida ordinária”. Não é preciso complicar! Há que me pôr ao serviço daqueles que me estão próximos, em casa, ou pegar no telefone e fazer-me próximo!

 

Acolher, agradecer e dar. Restringido ao ordinário de casa, estes são 3 movimentos que podem ajudar a “fazer das tripas coração”, com o custo que isso inevitavelmente traz. Convertendo a renúncia em doação, seguindo o exemplo destes 3 santos caseiros, podemos assemelhar-nos a Jesus, que “tomou o pão (o seu corpo), deu graças e deu-o aos seus discípulos”, encaminhando-nos para a glória da Ressurreição Pascal.

R.A.I.O. 2021

R.A.I.O. 2021

Que RAIO! Estão a faltar-me as palavras para descrever o RAIO 2021!

Foi, de facto, um RAIO diferente, mas nem por isso menos intenso! Não que eu saiba como deve ser um RAIO por que foi o primeiro em que participei, mas tirou-me da minha zona de conforto e fez-me perceber que não estou sozinha neste caminho! Fazer parte dos Gambozinos é comprometer-me todos os dias com esta missão e o RAIO ajudou-me a recentrar e a voltar a ter consciência das razões que me levaram a dizer “SIM”. Não foi fácil começar a animar neste ano tão atípico porque há muitas coisas que tornam o percurso mais complicado. É estranho preparar e fazer tudo online, mas é sempre possível! O RAIO veio trazer-me o ânimo que começava a falhar e a reavivar o espírito gambozínico em mim! Agora, espero conseguir levá-lo para o resto das atividades enquanto espero, ansiosamente, que voltem a ser presenciais! Quero descobrir toda uma parte de ser animadora que não conheço! E, se à distância já é genial, nem consigo imaginar como será presencialmente! Foi um desafio não me distrair e estar focada no RAIO e não nos ecrãs e na confusão normal de uma casa cheia. (Somos uma família de 6, portanto, imaginem o caos) Mas consegui! Vivi o RAIO em família e apesar de longe senti-me muito perto dos outros animadores. Foi tão, mas tão bom!!

O Fim de semana começou com uma belíssima escape room que não consegui acabar, mas, logo na primeira noite, já fiquei muito entusiasmada com o que viria a seguir! De repente, até me apetecia estar no Zoom! Estava com medo de passar muitas horas online, porque tem sido o dia a dia de todos, mas a equipa de animação do RAIO proporcionou vários momentos de reflexão offline que foram ótimos e permitiram aproveitar o bom tempo. As partilhas foram excelentes. Estava apreensiva porque sentia que todos os Gambozinos já se conheciam entre si e depois vim eu aqui cair de paraquedas. E sabem que mais? Foi inacreditável! Partilhei e ouvi testemunhos que me fizeram crescer e repensar alguns assuntos realmente importantes. Tivemos também “speed dates a 4” para conhecer mais e melhor os outros animadores. Quem diria que era possível fazer novas amizades à distância e dar boas gargalhadas, daquelas que se ouvem na casa toda e ninguém percebe o que está a acontecer! Se tudo isto foi possível online, mal posso esperar pelo resto que aí vem!!

Foi um fim de semana que me deixou de coração cheio! Ainda ando a ouvir a música do RAIO em loop! RAIOS partam, quero continuar a dizer “SIM” a esta missão!!

Rita Sarsfield

Viver a Agradecer no Oeste – Réveillon 20/21

Viver a Agradecer no Oeste – Réveillon 20/21

Venho do Viver a Agradecer do Oeste de coração cheio. Seis animadores esti­veram uma semana fora de casa e dos seus amigos para poder estar com os gambozinos de Peniche e podermos tentar fazer a diferença num tempo em que as atividades são poucas devido ao “novo” covid-19.

Foi uma semana que reacendeu em mim o espírito da missão gambozinos, que me deu a certeza de que ser animador GBZ faz parte da minha identidade.

Nesta semana o grande foco foi estar, e estar bem, com as famílias e com os gambozinos. Não se fizeram os jogos mais épicos nem os BDS’s mais ousados, mas soubemos os seis, cada um no seu jeito muito próprio, levar o nascimento de Jesus aos Penicheiro e eles a nós.

Desde uma caminhada incrível até à Papoa, passando por um jogo de tintas na praia, pelo Boa Noite no prédio, pelas conversas com as famílias e até o simples ato de ir para o prédio só estar presente, tudo isto foi vivido a agradecer a Vida de cada um e de todos.

No último dia, todos os animadores disseram que ficariam mais uma semana e com um sorriso no rosto; essa imagem marcou-me porque foi um sorriso de missão cumprida, mas ao mesmo tempo um reconhecimento de que, apesar de ainda existirem muitos sítios onde ainda não chegámos em Peniche, estamos dispostos a fazê-lo com a alegria de um Cristão.

Vasco Costeira