História

1986-1995

Preâmbulos

 

O ano 1986 não assinala o início dos Gambozinos, é certo. Mas é talvez o momento em que podem ser situados os primeiros acontecimentos que viriam dar origem a este projeto. José Lopes, Virgílio Oliveira e Costa, Abel Bandeira e outros jesuítas a estudar Filosofia em Braga começaram a criar laços com algumas famílias da Rua de São Barnabé. Laços que foram sendo estreitados através de atividades, jogos, convívios. E, ainda, de pequenos acampamentos, denominados Gafanhotos, cuja última edição teve lugar em 1995, sob a direção de Paulo Teia.

Já no ano anterior se tinha começado a pensar num projeto que juntaria crianças e jovens de origens sociais, económicas e afetivas completamente distintas, onde a convivência e a partilha seriam possíveis através de campos de férias no verão – um formato em que, aliás, os jesuítas já tinham uma certa experiência, por animarem campos de Camtil e Campinácios. E foi no ano seguinte, em 1995, que teve lugar o primeiro campo dos Gambozinos, ainda que este ainda não integrasse crianças de realidades muito distintas.

1996-1998

Origem e crescimento dos Gambozinos

 

Só em 1996 se realizam os dois primeiros campos de Gambozinos, dentro dos moldes em que tinha sido inicialmente pensado. Ou seja, que permitiam a convivência entre miúdos de meios completamente distintos – o que apenas foi possível graças a um acordo entre o CAB (que colaborava com famílias com menos recursos) e o Camtil (associação de campos de férias, com crianças e jovens de meios socioeconómicos mais favorecidos). O saldo final dos campos, que contaram com animadores de Camtil e Campinácios, foi bastante positivo, pelo empenho dos animadores, capacidade de resolução de situações de “crise” e continuidade da relação com as crianças.

No ano seguinte, foi criada uma espécie de direção – GAGO (Grupo de Animadores de Gambozinos) -, que acabou por se extinguir em 1998. Este foi também o ano em que se criou o grupo dos Golfinhos, fruto de uma relação entre o Paulo Teia, a Associação Arco-Íris em Peniche e alguns miúdos e famílias do bairro de Peniche III. Assim, os dois campos que se realizaram este ano contavam já com miúdos de Peniche e Braga, bem como do Camtil, Colégio das Caldinhas, S. João de Brito e, ainda, Melgaço.

1999-2001

Estabilização dos Campos de Férias

 

O ano de 1999 marca o início da colaboração entre Gambozinos e Camtil. Nesse ano, foi apresentada à Assembleia do Camtil uma proposta bem estruturada, que acabou por ser aprovada.   Assim, nesse verão, tiveram lugar dois campos (um para miúdos entre 11-13 anos, outro para 14-15), nos quais metade dos participantes pertencia ao Camtil e a outra metade aos Gambozinos. Os campos correram muito bem e, depois do verão, na Assembleia da Companhia de Jesus, os padres jesuítas reuniram-se e perceberam que queriam investir essencialmente nos locais onde existia possibilidade de acompanhamento ao longo do ano: Braga e Pragal (onde tinha surgido uma comunidade de Jesuítas num Bairro Social). Peniche iria passar a contar, igualmente, com visitas de alguns animadores de Lisboa.

Decidiu-se ainda integrar alguns leigos, já comprometidos com o projeto, na Direção dos Gambozinos. E em 2001 surge a primeira Direção Leiga dos Gambozinos, composta por quatro leigos e o assistente jesuíta Pedro Rocha Mendes.

2002-2005

Consolidação e Crescimento

Formada a direção e definidos os três núcleos de acompanhamento durante o ano, foi-se dando continuidade a esse trabalho que estava a ser feito, quer pela nova Direção, quer pelos animadores e Gambozinos. Em 2002 realizaram-se mais dois campos – Gambozinos I (11 e 12 anos) e Gambozinos II (13 e 14 anos), desta vez com metade dos miúdos dos bairros de Braga, Peniche e Pragal e a outra metade constituída por miúdos do Camtil.

Os anos seguintes foram essencialmente de crescimento e consolidação: constituiu-se mais um campo, para mais velhos – Gambozinos III (15 e 16 anos), criou-se um fim-de-semana de Formação de Animadores e, ainda, em 2005, um novo campo de Verão, destinado aos jovens de 17 anos: o Campo de Serviço (à data mais conhecido como Mini-Campo)

2006-2008

De movimento a Associação

As comemorações dos 10 anos dos Gambozinos, em 2006, deram origem a um conjunto de reflexões acerca do futuro do Movimento. Daí surgiu a necessidade de aprofundar o acompanhamento durante o ano (o qual incluía também os campos de verão), pelo que foram criadas novas atividades e se oficializaram os três núcleos que já se encontravam em ação: Norte (Braga e Porto), Oeste (Lisboa e Peniche) e Sul (Lisboa e Pragal). A Direção passa a incluir oito elementos com funções específicas, dentro dos moldes que existem actualmente. E surgiu também a necessidade de autonomizar legalmente os Gambozinos como Associação, que até então tinha estado sob a alçada legal do Camtil.

Assim, no dia 3 de outubro de 2008, os Gambozinos tornaram-se legalmente uma Associação autónoma, com o nome GBZ – Associação de Campos de Férias.

2009 – Atualidade

 

Recordar a História e a Memória de uma Associação requer um certo distanciamento emocional e temporal. Por isso, preferimos não escrever, pelo menos para já, os mais recentes acontecimentos dos Gambozinos. Quem quiser saber mais sobre o que fazemos desde 2009 poderá navegar pelo nosso site. Boa viagem!