8 Nov 2020 | Notícia
No passado dia 10 de outubro, teve lugar um dos momentos mais importantes do ano: a Assembleia Geral dos Gambozinos!
O encontro decorreu, pela primeira vez na história dos gambozinos (como de tantas outras associações), em “modo distanciamento social”, online. Sentimos, claro, a falta de estarmos juntos, de nos abraçarmos, de conversar, de celebrarmos com aplausos e músicas, a alegria desta missão que assumimos em conjunto. Por outro lado, este novo “modelo zoom” permitiu a muitos sócios, que possivelmente não iriam pela dificuldade em estar fisicamente presentes, participarem e envolverem-se.
A diversidade na participação em termos de gerações presentes, desde os primeiros animadores de gambozinos aos mais recentes, e da representatividade geográfica, foi uma das características muito positivas da assembleia.
Todos os pontos da ordem de trabalhos foram apresentados e bem discutidos. Destaco uma das grandes e inovadoras atividades realizadas este ano, “Viver a Agradecer” e a extraordinária capacidade dos animadores de reinventarem o acompanhamento dos gambozinos em Braga, em Peniche e no Pragal. Esta atividade, resultante dos tempos que vivemos, revelou ter um grande impacto, passando já a fazer parte do plano do próximo ano. Novas apostas, como a expansão de um dos núcleos, alterações na composição dos grupos mais adequadas aos tempos pandémicos, foram sonhadas, discutidas e decididas. Foram eleitos novos membros para a Direção Nacional e para o Conselho Fiscal.
A Assembleia, muito bem preparada e com antecedência, foi um sucesso, permitindo avaliar o que foi feito e decidir para onde queremos ir. Num formato diferente e novo para todos, com desafios grandes pela frente neste tempo incógnito em que vivemos, vejo uma Associação sólida, constituída por pessoas boas, motivadas e comprometidas em construir este sonho de Jesus.
Obrigada a todos os Gambozinos, aos que “andam no terreno” e aos que participam de várias outras formas, que ousam sonhar e propor novas aventuras para fazer crescer mais e mais esta Associação e que, ao longo destes quase 25 anos, tanto Bem tem feito no mundo.
Cristina Duarte
8 Nov 2020 | Testemunhos de animadores
Estavas tu muito bem, na tua zona de conforto, a sonhar com mais um ano cheio de atividades mensais, com mais um verão de campos de férias, com um ano 2020 recheado de oportunidades, com uma nova década repleta de novidades…
A novidade que surgiu foi, no entanto, um vírus, uma pandemia, uma situação que trouxe uma enorme instabilidade – não só ao mundo e ao nosso país – mas também à integridade mental, à liberdade de cada um e à relação espiritual com Deus e connosco próprios.
Como correu este ano letivo?
Durante o ano letivo 2019-2020 fiz parte do grupo do GEMA (Gambozinos Encontram a Missão de Animar) e em Fevereiro recebi o convite para ser animadora do Campo de GII, como tia – o meu cargo e campo de sonho!
Eram tantas as expectativas, os nervos, a vontade, o entusiasmo, a alegria… que quando foi decidido o cancelamento de todas as atividades presenciais para o resto do ano, incluindo os campos de férias, nem acreditei logo que seria possível um Verão sem campos. Desde pequenina – até ter idade para ser participante – que acompanhei a minha família em campos de férias, por isso nunca antes, em toda a minha vida, tinha vivido um Verão sem aqueles 10 dias especiais de crescimento, de construção de amizades diferentes e novas, e de aprofundamento da minha relação com Deus.
Como foi viver um Verão sem campos de férias?
Aquilo de que me fui apercebendo ao longo deste ano cheio de mudanças, foi que o mais importante é saber ser Gambozino, não só nas atividades, nos campos de férias e num ano em que tudo corre como o planeado, mas também na ausência de todas essas coisas, quando tudo parece mais complicado e fora do normal.
É saber procurar a fundo a nossa missão nesta Associação, sem ser “encaixar” nos parâmetros do costume como tia, mamã, animador de equipa, ou livre.
É descobrir o que temos de melhor para dar, e perceber como.
É, essencialmente, não nos conformarmos com “um ano perdido”, atividades adiadas, campos cancelados, mas fazer frente a este desafio e tentar levar o espírito gambozínico para todo o lado, numa altura em que é mais preciso e tão procurado.
É ser Gambozino em casa, no nosso círculo mais próximo.
É ser Gambozino na nossa situação de estudos ou trabalho, seja ela qual for.
É ser Gambozino todos os dias, independentemente de ser mais fácil ou mais difícil, mais óbvio ou mais fora do normal, mais confortável ou mais duro.
É, agora mais do que nunca, dar asas ao lema de sair da zona de conforto e ir procurar no desconhecido.
Também Jesus, ao longo do seu percurso, nunca deixou de parte a sua Missão, nunca desistiu nem perdeu o rumo, mesmo (e principalmente) nos momentos mais difíceis.
Tenho reconhecido as respostas que a GBZ tem dado para este ano com mais obstáculos. O esforço, as ideias, as inovações, a criatividade, a entrega, a persistência… para que não deixemos de parte a nossa Missão de levar Jesus aos outros e de crescer com Ele, para que sejamos Gambozinos na adversidade!
Ginjinha Archer
8 Jul 2020 | Notícia
Depois das atividades terem sido suspensas em Março devido à pandemia, temi que Peniche se tivesse esquecido dos Gambozinos, mas mal o grupo de animadores entrou no P3 fomos recebidos com enorme alegria. Alegria essa que nos contagiou e se manteve ao longo das duas semanas.
Das explicações aos mergulhos do pontão, passando por noites de karaoke, BDS’s na falésia e jogos de paint-esponja: vivemos como Gambozinos. Os sorrisos e gargalhadas constantes da Amizade, experienciámos nos mergulhos no mar e nos passeios nas falésias a beleza da Natureza, nas explicações o espírito comprometido ao Serviço e a cada dia que passou entregámos e agradecemos a Deus.
A melhor maneira que eu tenho de descrever o que foi viver em Peniche durante 15 dias é agradecendo. Obrigado aos animados que alinharam nas atividades divertidas e sérias, parvas e sentidas. Às famílias de Peniche que nos acolheram de forma tão profunda. Aos animadores que demonstram o seu compromisso vivo e alinhado. Ao Gonçalo Costa sj e ao Pe Diogo pelo acompanhamento espiritual que nos deu tanta força. Vivemos agradecidos.
Zé Maria Balcão Reis (animador)
Em primeiro lugar, afirmo que estes 15 dias com os GBZ foram assim como uma grande surpresa, porque não estava a espera que acontecesse, pois normalmente estas atividades decorrem durante um período de 2 dias de X em X tempo, mas ainda bem que aconteceu.
Durante todo esse tempo, as atividades propostas pelos animadores foram incríveis e divertidas. Tudo o que nos foi proporcionado correu como o previsto (eu acho) e o melhor é que foi nos níveis possíveis de segurança para todos, devido a esta situação desagradável em que nos encontramos de Covid-19.
Para finalizar, agradeço em meu nome e de todos os Gambozinos de Peniche, aos animadores que disponibilizaram estes 15 dias fantásticos connosco, porque podiam ter optado por ficar em casa a estudar, a aproveitar um pouco mais de férias ou simplesmente ficar em casa com a família mas preferiram vir para esta pequena cidade, cuidar e entreter crianças e adolescentes destas idades, o que não é coisa de pouca responsabilidade. Então agradecemos de coração e pedimos por mais momentos marcantes como estes.
Pode não parecer, mas TODOS vocês fazem a diferença, cada um à sua maneira, mas fazem! Pelo menos em mim, vocês fazem a diferença, mostrando o quão solidários e prestativos podemos ser uns para os outros (acho que sabem ao que me refiro particularmente).
Muito obrigada a todos.
Esperança (gambozina, 15 anos)
8 Jul 2020 | Notícia
O desafio lançado foi “Viver a Agradecer no Bairro”, mas o que é que isso significa? O que é que implica? Como é que EU sou chamada? Qual vai ser a minha Missão? Estas foram as várias dúvidas que me passaram pela cabeça, antes de me inscrever para estes 15 dias misteriosos. Decidi confiar e cheguei a Braga, sem saber bem como tinha chegado e como iria sair.
Os primeiros dias no Bairro das Andorinhas foram uma aventura, pela primeira vez, pude dizer “até amanhã”. Havia amanhãs, uns a seguir aos outros. Éramos como um grupo de amigos com programas do tipo “siga amanhã ir lanchar” ou “ir dar uma volta”. Aquela chegada ao Bairro sempre acompanhada com os berros a reclamar que “hoje estão atrasados” ou “onde é que estão os outros?”. E as despedidas curiosas do “amanhã vêm a que horas?” que nunca faltavam. Vivemos assim felizes no Bairro.
Mas, viver é uma dádiva e, por isso, vivemos a agradecer o tão esperado “amanhã”, os passeios que levavam a conversas, os golos bem ou mal marcados (eheh), os gelados nos dias de calor, a música e a noite de cinema. Mas, como nunca falta, agradecemos, também, os “amuanços”, o cansaço e a inquietação. Assim fomos agradecendo todas as maravilhas de Deus, que se iam tornando visíveis ao longo dos dias. E, porque agradecer faz parte do nosso viver, fizemo-lo, ao longo de cada dia, a rezar, na Missa, nas orações da manhã, na dinâmica do quadro branco, nos “Momentos Kit-Kat” (com direito a Kit-kat), no “Viver a Agradecer o dia!” e nos serões de oração de animadores. E quando um novo dia começava, agradecíamos e voltávamos a agradecer, porque, “ o Espírito Santo é o maior!” e “Deus faz maravilhas!”.
Assim, devolvidos às nossas rotinas, fomos enviados para as nossas casas a “Viver a Agradecer” cada dia.
Mercês Novais Machado (animadora)
As duas últimas semanas, para mim, foram incríveis! Aprendi coisas novas e fiz coisas que nunca tinha feito. Adorei conhecer pessoas novas e fazer amigos novos. Jogar à bola e aos jogos propostos foram das coisas que mais gostei, tal como o filme que vimos.
Por isto, agradeço terem passado estas duas semanas connosco!
Érica (gambozina, 13 anos)
8 Jul 2020 | Notícia
Durante duas semanas, um grupo de amigos Gambozinos estiveram a “Viver a Agradecer” no Pragal. Foram duas semanas intensas de atividades, momentos gambozínicos, boas conversas e muita alegria. Estivemos muito no bairro, mas também andamos em aventuras pelo rio Tejo, piscina para refrescar, visitas ao Cristo Rei, jogos na mata, uma grande churrascada, um belo dia de surf e vários momentos de missa com Jesus. Fizemos parte do bairro e de um bocadinho da vida dos Gambozinos do Pragal, e demos tudo para que não ficassem sem a presença dos Gambozinos neste verão. No meio de toda esta alegria e confusão, Jesus fez-se presente. Fez-se presente nas conversas, nos sorrisos, nas gargalhadas e a todos nos fez crescer um bocadinho. Foram duas semanas em que, apesar de não ser um campo de férias, nos fez a todos relembrar o que realmente importa, nos fez a todos relembrar a alegria de ser Gambozino.
O que mais agradeço destas duas semanas é o olhar com que de lá saio. Um olhar diferente e renovado sobre os Gambozinos e qual a nossa missão. Fiquei surpreendido pela simplicidade da felicidade, pelo facto de que, com Jesus, não precisamos de grandes ideias e mega jogos, sermos hilariantes ou os melhores animadores. Esta felicidade existe nas nossas casas, no nosso bairro, nos nossos amigos e família, na escola e universidade… basta estarmos atentos e ter um olhar agradecido. Apenas precisamos de nos dar, de dar a vida e amar. Apenas precisamos de servir e de nos entregarmos a Jesus, tal e qual como somos. E connosco nas Suas mãos, Ele faz maravilhas. Connosco nas Suas mãos, podemos confiar que a Sua missão vai ser cumprida.
A vida a servir tem outro sabor, quando conseguimos sair de nós próprios e aprendemos a agradecer a nossa vida e a dos outros, o nosso olhar muda completamente. Agradeço muito aos Gambozinos por esta oportunidade de viver a servir, de viver a agradecer.
Pedro Lynce (animador)
Estas duas semanas acompanhada dos gambozinos foram simplesmente incríveis, o facto de terem pensado nesta ideia faz-me querer que estou rodeada das pessoas certas. Não acompanhei as duas semanas inteiras, porém fui à maioria das atividades e posso dizer que foi incrível, desde o jogo do bang na mata dos medos, ao churrasco com os mais velhos, ou às missas ao ar livre. Fiquei triste que não durou mais que duas semanas, por mim duraria meses!
Uma coisa que me deixou bastante frustrada foi o facto de não poder abraçar ninguém, este vírus realmente faz-nos ver que pequenas coisas são mesmo importantes, como abraços depois de não vermos os nossos amigos durante muito tempo.
Eu quero agradecer à Maggy pela ajuda com os trabalhos de casa, à Teresinha e à Leonor por terem tanta paciência com as crianças do Pragal, ao Lynce por ser um ótimo ouvinte, ao Tomazi por ter um enorme coração e a todos eles por terem feito estas duas semanas mágicas.
Cristiana (gambozina, 17 anos)