Eutanásia e Igreja na China são temas em destaque na Brotéria

Nova edição da revista dos jesuítas inclui ainda texto de Filipe Anacoreta Correia "Portugal e o mundo - o fim das ideologias?"

Eutanásia, Igreja Católica na China, e ideologias, são três dos grandes temas de março da revista Brotéria – Cristianismo e Cultura. Disponível a partir desta semana, a publicação centenária dos jesuítas inclui ainda o artigo “Síria: os bons, os maus e os inocentes”, da autoria do P. Gonçalo Castro Fonseca, jesuíta português a viver em Damasco.

Já o editorial, assinado, como sempre, pelo diretor da publicação, P. António Júlio Trigueiros, debruça-se sobre os cinco anos do pontificado do Papa Francisco. “Apesar das resistências reais ou imaginárias que tem encontrado, o “papa que veio do fim do mundo” é uma figura de reformador que na senda dos seus antecessores tem procurado uma aplicação efetiva daquelas que foram as ‘traves mestras’ do Concílio Vaticano II- o aggiornamento e a refontalização”, afirma no texto que enquadra esta edição.

O tema de atualidade “Portugal e o mundo- o fim das ideologias?”, é assinado por
Filipe Anacoreta Correia, e aborda a situação política em Portugal, mas também em Itália, na Grécia, Reino Unido, França, Espanha, entre outros países.

Na secção de Sociedade e Política, José Souto de Moura escreve sobre o “crime passional”, num artigo intitulado “O Amor e o Direito Penal”. Outro tema em destaque nesta seção tem que ver com a eutanásia e os dois projetos que foram apresentados na Assembleia da República. O jesuíta Samuel Beirão escreve: “Num âmbito mais alargado, é necessária a educação da sociedade para aceitar a morte e o sofrimento como parte da vida humana, assim como uma cultura que promova a vida e ultrapasse o tabu de falar sobre a morte.”

Na secção de Religião, Vasco Pinto de Magalhães, sj, aborda o tema da reanimação e ressurreição. No arranque da Semana Santa, o sacerdote jesuíta fala-nos sobre Lázaro e diz que este “pela ressurreição, adquire um ‘corpo espiritual’”.

“A caminho de uma Igreja plenamente chinesa e plenamente católica” é o nome do artigo assinado por Federico Lombardi, sj, onde o jesuíta afirma que “o diálogo da Santa Sé com as autoridades da República Popular Chinesa pretende exclusivamente colocar a Igreja Católica chinesa nas melhores condições para desempenhar essa missão, em coerência com a sua natureza religiosa.”

“Repensar a ordem” é o título do artigo de Roque Cabral, sj, que abre a secção de Filosofia.

Em Artes e Letras podemos encontrar nesta edição dois retratos de Simone Weill, de Walter Osswald. E ainda um artigo de João Norton de Matos sj, onde aborda o tema da sacramentalidade da arte. Tema cuja pertinência e urgência são reforçadas pelo Ano Europeu do Património Cultural.

A Brotéria deste mês disponibiliza também, como sempre, o caderno cultural.