No dia em que fores votar a pensar que não és racista
Temos em Portugal racismo estrutural e admiti-lo é honestidade intelectual, e talvez seja o começo que precisamos todos: sarar feridas sociais cirurgicamente.
Temos em Portugal racismo estrutural e admiti-lo é honestidade intelectual, e talvez seja o começo que precisamos todos: sarar feridas sociais cirurgicamente.
Enquanto o descontentamento com a classe política continuar a ser impossível de traduzir na linguagem da teoria política contemporânea, apenas existem motivos para que continue a crescer sob diferentes formas e movimentos.
Jesuíta português a viver em Beirute fala em enorme destruição e pede a todos que rezem pelas pessoas que estão em grande sofrimento. Tirando alguns ferimentos ligeiros, jesuítas estão todos bem. Na cidade reina o caos.
Ter de explicar que debater livremente propostas com perspectivas ideológicas distintas é um dos traços definidores da democracia é quase embaraçoso. Não é preciso restringir a liberdade por decreto. Neste país a servidão é voluntária.
A destruição de riqueza tem sido e continua a ser enorme, em Portugal. Destruímos mais riqueza do que aquela que conseguimos construir.
É urgente pensarmos criticamente sobre o que se está a passar no espaço público. Precisamos de perceber qual o impacto da pandemia na revitalização ou não de lógicas exclusivistas, protecionistas e autoritárias.
A pandemia trouxe à discussão pública conceitos que vale a pena reter, nomear, e até cristalizar. Podem ser boas ferramentas de futuro.
Todas as vidas importam, é evidente, mas importa chorar e salvar aquelas a que “o pecado do racismo” nega a mesma importância e dignidade.
A resposta do Governo e da oposição à crise pandémica. A polarização e os populismos. São estes alguns dos temas presentes nesta conversa entre o politólogo António Costa Pinto e o jornalista Domingos de Andrade.
Aqueles que temem o crescimento dos movimentos populistas deveriam estar preocupados não tanto com os populistas em si, mas com a incapacidade generalizada de neles reconhecer o que há de verdade.