Que a Literatura nos valha, que a Educação nos salve
Perante os tempos difíceis que se avizinham, que a Literatura não deixe de, corajosamente, nos abrir os olhos, e a Educação consiga curar o mundo da cegueira em que tombou…
Perante os tempos difíceis que se avizinham, que a Literatura não deixe de, corajosamente, nos abrir os olhos, e a Educação consiga curar o mundo da cegueira em que tombou…
Na minha escola, o desemprego era apenas uma questão teórica, tratada a propósito da geografia humana. Na escola dos meus filhos, o desemprego é um facto da vida, uma possibilidade que tem de se ter em conta. Não é que haja mais desemprego hoje (há muito menos!) mas até o menos desemprego que há se tornou menos desigual.
O filtro real da educação é o que perdura no tempo, é o longo prazo. […] O Educador deve ensinar o que liberta, isto é, deve consciencializar-nos para o que nos domina e cega e nos centra exclusivamente em nós próprios.
No início do ano letivo, Pedro Rosário recorre à história da tartaruga e do sapo para falar de motivação. A sabedoria está em despertar o querer na direção do dever. Quando alinhamos competência e apetência, avançamos na espiral positiva.
A erosão da família do ponto de vista legal e social ao longo das últimas décadas abriu caminho à destituição dos pais de uma função básica: formar os seus filhos. E a perda de autoridade paternal já passou da escola para o hospital.
Margarida Corsino é professora e apresenta-nos um olhar de quem vive a escola por dentro, de quem preparara o arranque do ano letivo em lugares onde, às vezes, nem o comboio nem a rede expressos chegam.
Alexandre Homem Cristo escreve sobre o início das aulas. A questão, diz, é saber se a tutela aproveitará para, primeiro, aprofundar a autonomia das escolas e, segundo, anunciar a reflexão do governo quanto ao acesso ao ensino superior.
Utopias? Sem dúvida. Mas sem elas não há mudança. O desafio da mudança é também o desafio da utopia e da crença de que faz sentido e vale a pena tê-la como farol e guia. Talvez que o recuperar da utopia (…) seja o passo que está a faltar.
Clara Viana é jornalista do Público e escreve habitualmente sobre temas de educação. É uma das convidadas do Ponto SJ para ajudar a reflectir sobre o ano lectivo que, para os alunos do Ensino Básico e Secundário, começa esta semana.
A escola, qual jangada à deriva, deixa sete anos seguidos Jeremias sem uma resposta educativa adequada. E as perguntas e as inquietações surgem em catadupa. Um artigo onde também se faz memória do Professor Eurico Lemos Pires.