Educar para a interioridade
Podemos proporcionar às crianças e jovens um contacto acompanhado com toda a riqueza do seu mundo interior, ajudando-os a compreendê-lo, a dar-lhe sentido e a integrar essa dimensão no seu crescimento pessoal.
Podemos proporcionar às crianças e jovens um contacto acompanhado com toda a riqueza do seu mundo interior, ajudando-os a compreendê-lo, a dar-lhe sentido e a integrar essa dimensão no seu crescimento pessoal.
Esta conversa familiar voltou-me a lembrar um pensamento que tem vindo a ganhar força com o tempo: educamos tanto para o acessório e tão pouco para o essencial.
Alargar às crianças o direito a não ser maltratadas foi uma revolução em 1870. E se lhes reconhecêssemos o direito de ser agentes efectivos da sua educação; quão revolucionário seria?
Primeiro foi o entusiasmo: vamos a Paris! Depois começou-se a pensar e a questionar. Vamos todos? O que vai acontecer? O que se espera de nós? O que vamos fazer?
Somos seres dependentes. Recebemos a vida e o mundo. Não nos inventamos a nós mesmos. A educação pode ajudar-nos a tomar consciência desta realidade.
O Amor e a Esperança são a força do motor da aeronave onde ajudámos a pôr a bagagem que cada um construiu e que levará consigo pela vida fora.
Por que é que não ouvimos a sério a voz das crianças? Por que é que desprezamos tanto a experiência e a perspicácia dos alunos? Se a sua motivação é a chave do sucesso da sua aprendizagem, de que estamos à espera?
Educação em tempos incertos é o tema do 3º. congresso internacional de pedagogia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Católica de Braga. Junta especialistas de diversos países, de 10 a 12 de outubro.
Se queremos recuperar a centralidade do ser humano, não podemos suprimir as humanidades. A alternativa é forma(ta)r automatismos úteis mas sem alma, consumidores perfeitos, mas não pessoas livres, capazes de abraçar o bem comum.
Acontece que é neste cenário de recomeço, no confronto com velhas e novas lutas exteriores e interiores que se joga realmente a nossa felicidade e a capacidade que temos (ou não) de contribuir para a felicidade dos outros.