O medo, os filhos e o fantástico
São contos sérios, graves e muitas vezes assustadores, que lhes despertam emoções e as ensinam a lidar com o resto das suas vidas.
São contos sérios, graves e muitas vezes assustadores, que lhes despertam emoções e as ensinam a lidar com o resto das suas vidas.
Não há como corrigir, emendar, evitar estas monstruosidades. Leigos, clero, comunidades, falhámos todos durante muito tempo a muitas crianças. Sobre isso não há mais a dizer, além de pedir perdão. Temos todos culpa. Para o bem e para o mal.
A definição de bem comum, o sacrifício pelo bem comum e estar ao serviço dele, faz-se, por excelência, na Política, que é a atividade pública mais nobre de todas. Se hoje os nossos filhos não ambicionam a atividade política a culpa é nossa.
Onde estamos, pais e filhos, e quais as nossas funções? É difícil educar numa época em que tudo é posto em causa; em que aquilo que era, pouco serve.
Não há orgulho entre um pai e um filho, assim como não há justiça quando o que está em causa é a misericórdia de um pai. Os filhos – disse-me o padre António Vaz Pinto – não se educam com justiça, mas sim com misericórdia. Chega e sobra.
A preparação do Sínodo, em que pela primeira vez todos os batizados podem e devem participar, vai certamente revelar aos Bispos que um dos grandes fossos que separa os jovens da Igreja é a moral sexual.
Pelo menos duas vezes por ano lá íamos nós em fila ao confessionário, como quem ia ao dentista. Eventualmente cresci. E foi o que me valeu. Fui percebendo que a confissão é a Reconciliação, primeiro connosco e depois com Deus.
Os casais multiplicam-se mas as complicações também: com os filhos vêm os sarilhos, principalmente para a vida dos casais.
Quando os filhos nos pedem para não ir à Missa, hesitamos e questionamos onde começa a liberdade deles e acaba a nossa obrigação, ficamos sem resposta pronta. E não há resposta.
Está na moda dramatizar esta condição de pais. É um tema pesado, denso, teórico, complexo. Achamos que por haver o risco de sermos maus pais não devemos ser pais (…) O único pai irrepreensível é Deus, a nossa vocação é mais modesta.