Jovens dos centros e campos ligados à Companhia vivem experiência comunitária

Cerca de 90 jovens universitários e 280 jovens dos campos de férias ligados à Companhia estiveram alojados no Colégio S. João de Brito e participaram nas várias atividades e celebrações da Jornada Mundial da Juventude.

Cerca de 90 jovens universitários e 280 jovens dos campos de férias ligados à Companhia estiveram alojados no Colégio S. João de Brito e participaram nas várias atividades e celebrações da Jornada Mundial da Juventude.

O ano é 2023, e o tema da JMJ é “Maria levantou-se e partiu apressadamente (Lc 1, 39)”, o que vai ao encontro da realidade dos jovens dos dias de hoje que vivem a pressa do mundo digital e da comunicação virtual. O avanço da tecnologia e da inteligência artificial trouxeram inúmeros benefícios, mas estão a moldar a forma como nos relacionamos.

No âmbito da JMJ, tendo como principais objetivos o aprofundamento da fé e aprendizagem da vivência em comunidade, proporcionada através da troca de experiências e vivências, reuniram-se cerca de 90 jovens dos quatro Centros Universitários dos Jesuítas (CUPAV, CUMN, CREU e CAB).

“Quando se trabalha com os jovens é essencial ter abertura de espírito, dar-lhes espaço para que explorem a vida e estimular-lhes o espírito crítico, sem esquecer o exemplo. Durante este período damos-lhes acompanhamento nestas vivências”, explica o diretor do CUMN, P. João Manuel Silva.

Estes jovens, com uma média de idades entre os 20 e 25 anos, estão reunidos desde o primeiro dia da Jornada para vivê-la de forma comunitária e real. Durante estes dias vão ter a oportunidade de trocarem experiências de fé através do encontro com os cerca de um milhão e meio de jovens, de todas as partes do mundo, que se reúnem em Lisboa para a JMJ.

Os dias iniciam e terminam com duas partilhas, durante a manhã reúnem-se para uma oração e no final do dia, pela meia noite, fazem uma reflexão inspirada no exame de Santo Inácio.

Ao analisar uma das palavras presentes no tema desta Jornada, a pressa / apressadamente, esta pode ser entendida como estar pronto para ser instrumento de Deus, para zelar pelo próximo que é parte do todo, desta sociedade e deste mundo: “Estar disposto a participar nestes momentos de troca, em comunhão com o próximo, ajudam à renovação e confirmação da fé, também mostra aos jovens que juntos é mais fácil fazer o caminho proposto por Jesus”, acrescenta o P. João Manuel.

Também para Teresa, universitária do Porto, a dimensão “juntos” é muito importante. “O facto de estar com os centros é particularmente bom por ser uma oportunidade de viver esta jornada em comunidade, o que é uma grande mais valia para me preparar para o encontro com o Papa porque a fé é para ser vivida em comunidade”.

Assim, este grupo mais reduzido dos universitários ligados aos centros da Companhia de Jesus vai-se integrando diariamente nas várias propostas no Festival da Juventude – nomeadamente o Largo da Misericórdia, e no programa oficial dos grandes eventos da JMJ – Missa de Abertura, Cerimónia de Acolhimento, Via Sacra, Vigília e Missa de Envio.

Jovens dos campos de férias juntos para participar na JMJ

Além dos jovens dos centros universitários da Companhia de Jesus, também os jovens dos campos de férias ligados aos jesuítas viveram estes dias de Jornada em comunidade. “Os campos de férias proporcionam uma experiência transformadora em vários aspetos, na relação interpessoal, desenvolvimento pessoal e da fé, que se tornam determinantes na formação de adultos mais conscientes”, refere Francisco Silva, responsável dos Campinácios.

O projeto que envolve alunos das duas escolas da Companhia de Jesus (Colégio S. João de Brito e Colégio das Caldinhas) acontece sempre no verão durante 10 dias. O principal objetivo da ação é reforçar o encontro com Deus através do contato com a natureza.

Este ano a estrutura adaptou-se ao contexto da Jornada e oferece uma oportunidade única na vida destes jovens. No espaço do Colégio São João de Brito, estão 280 participantes acompanhados de 80 animadores, os responsáveis pelos alunos.

Os Campinácios procuram que, mesmo levando os alunos para fora da zona de conforto, a programação e toda a equipa de animadores conseguem fazer com que a diversão seja real e saudável e que esses 10 dias sejam para muitos inesquecíveis. Além disso, há muitos momentos focados no autoconhecimento e nas trocas com outros alunos, em que amizades são feitas de forma a terem sempre memórias felizes das influências positivas que tiveram contato. “Com certeza essa é uma experiência transformadora na vida de quem participa. Junto com a busca de Deus na natureza, fortalecendo a fé, eles se tornam pessoas melhores e com mais responsabilidades”, explica Francisco.

Um destaque para este ano é que o campo de férias acontece no mesmo período da Jornada Mundial da Juventude e isso trouxe uma expectativa maior para os participantes, que puderam viver momentos inesquecíveis e cheios de muita fé, durante a programação do evento e, também, por meio das trocas com jovens de outros países.

* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.