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A Sagrada Unção dos Doentes é um dos sete sacramentos professados pela Igreja Católica.
A sua origem remete directamente à Sagrada Escritura, já que no novo testamento podemos antecipar a sua dinâmica na própria ação dos apóstolos que, enviados por Jesus, ungiam com óleo muitos doentes e curavam-nos (Mc 6,13). Mas é na carta de São Tiago que encontramos o fundamento bíblico mais explicito: Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja e que estes orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o aliviará; e, se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados (Tg 5,14-15).
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Existem referências relativas à Unção dos Doentes, na Tradição da Igreja, desde os tempos mais remotos, tanto no Oriente como no Ocidente cristão. No entanto o primeiro testemunho explícito à unção dos doentes, num documento do Magistério da Igreja, encontra-se na carta de Inocêncio I a Decencio, bispo de Gubbio (416).
Com o decorrer dos séculos, foram sendo determinadas com maior precisão aquelas partes do corpo do doente que deveriam ser ungidas com o Santo Óleo, e foram-se juntando novas orações para acompanhar estas mesmas unções, numa evolução dinâmica do rito que se foi consolidando progressivamente na tradição eclesial.
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O Concílio de Trento (séc. XVI) defendia que esta unção devia ser feita sobretudo, «àqueles que se encontram num estado (…) que pareçam estar no fim da vida (…)»[1], por isso era normal chamar este sacramento de extrema-unção, sendo que esta ideia ficou consolidada na mentalidade dos crentes.
No entanto, mais tarde, o Concilio Vaticano II veio clarificar o sentido da unção dos doentes precisando assim o seu nome. Este Concilio afirmará que a «Extrema-Unção», também pode ser chamada «Unção dos enfermos», [já que] não é sacramento só dos que estão no fim da vida. É (…) tempo oportuno para a receber quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte (Sacrosanctum Concilium, 73). A mudança do nome vem sobretudo expressar uma mudança de foco: de sacramento de moribundos passa a ser um sacramento de ajuda na doença.
[1] Conc.Trid. Sess. XIV, De extr. unct.,cap. 3: Ibid., Denz-Schön.1698.
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Este sacramento administra-se ungindo os doentes na fronte e nas mãos com óleo de oliveira, devidamente benzido, ou, de acordo, com as circunstâncias, com outro óleo extraído de plantas, proferindo unicamente as palavras: «por esta santa unção e pelo sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua misericórdia, alivie os teus sofrimentos».
Em caso de necessidade, contudo, é suficiente fazer uma única unção, sobre a testa ou, então, dependendo da condição do doente, numa outra parte do corpo, proferindo a fórmula acima apresentada.
É aos sacerdotes que é confiada a missão de administrar a unção dos doentes.
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O sofrimento e as doenças sempre foram considerados como as grandes sombras da existência humana. Os que professam a fé cristã, contudo, são auxiliados e orientados pela luz da fé a viver este mistério da dor e do mal com uma fortaleza radicalmente diferente. São convidados a penetrar na espessura deste mistério a partir de uma perspectiva mais profunda. Certamente incompreensível los olhos de muitos.
O crente, lutando arduamente contra a doença associa-se não só à paixão de Cristo, mas também à predilecção que o próprio Cristo mostrou por todos os que sofrem e se sentem desamparados. Isto, permite que o seu testemunho recorde aos demais as coisas essenciais e superiores da vida e, além, disso, mostrar que a nossa vida mortal e contingente só pode ser compreendida plenamente à luz do mistério da morte e ressurreição de Cristo.
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Na Epístola de S. Tiago a Unção aos Doentes está conectada com o alívio e salvação do fiel. Nesta linha de pensamento deve, por isso, administrar-se aos fiéis gravemente doentes, quer em razão da própria enfermidade, quer em razão da idade avançada.
O sacramento da Unção pode receber-se de novo se o doente convalescer depois de o ter recebido, ou se, no decurso da mesma doença, o seu estado se agravar.
Pode também administrar-se antes de uma intervenção cirúrgica de elevado risco ou a pessoas idosas cujas forças estejam já muito debilitadas, embora não padeçam propriamente de uma doença grave.
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