

Caixa de perguntas Nossa Senhora
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A Assunção de Nossa Senhora quer dizer, na definição dogmática do Papa Pio XII, que: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. (Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, 1950). Quer isto dizer que, terminada a sua vida, Maria foi totalmente assumida (ou assunta) por Deus. Aquela que desde a sua conceição era “cheia de graça” (Lucas 1, 28), permanece completamente ressuscitada no amor de Deus – na glória – para toda a eternidade.
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Maria “antecipa” a nossa ressurreição! Ela é o primeiro ser humano a viver em plenitude aquilo para que todos fomos criados. Em Maria, o plano de Deus para a humanidade – viver completamente no amor – já se cumpriu. Tendo já chegado à “meta”, dá-nos a esperança de também lá chegarmos, na medida em que nos abrirmos à graça e ao amor de Deus. Para além disso, Maria intercede por nós junto de Deus, “puxando” por toda a humanidade que lhe foi confiada por Jesus (João 19, 26). Neste dia celebramos então a certeza – já cumprida em Maria – de que Deus quer dar a todos nós um futuro cheio do seu amor! (cfr. Catecismo da Igreja Católica, 966)
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Não, Maria é uma de nós, está “do nosso lado”! Podemos é dizer que está agora totalmente do lado de Deus, representando-nos e apresentando-nos à Santíssima Trindade com amor de mãe. Dessa forma continua a acompanhar os passos dos seus filhos e a interceder pelas nossas vidas. Assim o entenderam os cristãos desde o início. Nesse sentido, é relevante a distinção entre “veneração” e “adoração”: Maria é venerada como mãe de Cristo e mãe da Igreja; o Pai, o Filho e o Espírito Santo são adorados como Deus uno e trino.
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Não sabemos como aconteceu tudo isto, mas sabemos que desde os primeiros séculos se conservam os túmulos dos principais apóstolos, e não se conservam os restos mortais de Maria… Os primeiros cristãos entenderam a morte de Maria como um “adormecer” (ou “dormição”) para acordar inteiramente no amor de Deus. É bom lembrar que na antropologia bíblica (i.e., a concepção do que é um ser humano), o “corpo” corresponde mais a um modo concreto de se relacionar do que a uma quantidade de matéria. Foi-se assim tornando claro que Deus chamou a si toda a realidade (espírito, alma, corpo) desta mulher especial. Tal com na Ressurreição de Jesus, a lógica da fé está mais interessada “porquê” – e sobretudo no “para quê” – do que no “como”.
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Maria tem um lugar central, mas não é o centro. Isto está expresso em tantas imagens nas quais ela nos “oferece” Jesus. O percurso de Maria está intimamente associado ao percurso do seu filho Jesus Cristo. Ela deve a sua importância a Jesus… e Jesus nasce desta mãe concreta. Sendo assim, todas as realidades na vida de Maria (como a Assunção, p. ex.) só podem ser bem entendidas à luz do que acontece com Jesus Cristo. Por outro lado, Maria é a figura exemplar de cada crente e da Igreja no seu conjunto. (Cfr. Concílio Vaticano II, Constituição Dogmática sobre a Igreja Lumen Gentium, capítulo 8)
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Assunção significa que Maria foi assumida por Deus. A Ascensão significa que Jesus Cristo ascendeu – “subiu” – ao céu, voltando pelo próprio poder divino para junto do seu Pai e nosso Pai (João 20, 17).
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Embora a tradição cristã ateste a celebração da “dormição de Maria” pelo menos desde o século V, a proclamação deste dogma aconteceu apenas em 1950. Ao definir o dogma, o Papa Pio XII nada mais fez do que confirmar a fé da Igreja, não sem antes ter consultado os bispos do mundo inteiro. Na verdade, o Povo de Deus há muito que acreditava e celebrava este mistério da vida de Maria.
Alguém se referiu aos dogmas como a “tutela de um paradoxo”. Parecendo impossível, pela lógica humana, que Deus seja uno e trino (que Jesus seja verdadeiro Deus e verdadeiro homem ou que Maria seja virgem e mãe…) a lógica da fé, sancionada pelo Magistério da Igreja, afirma que estas realidades contrastantes – na verdade poucas! – devem ser mantidas juntas, pois fazem parte das verdades essenciais da fé cristã. Por essa razão as professamos no Credo. Deste “núcleo” decorrem também os dogmas marianos: Imaculada Conceição e Assunção de Maria ao céu.
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O dia 15 de Agosto é comemorado no nosso país desde tempos remotos. As catedrais medievais portuguesas – construídas muitos séculos antes da proclamação do dogma – são dedicadas à Assunção de Nossa Senhora. Textos antigos referem-se a Portugal como “Terra de Santa Maria” e até a batalha de Aljubarrota, símbolo maior da nossa independência, foi travada na véspera de “Nossa Senhora de Agosto”. De norte a sul do país, do interior ao litoral, o dia 15 de Agosto é celebrado em muitas vilas, aldeias e santuários, através de manifestações genuínas de fé, expressão da alma de um povo. Esta é, de facto, uma festa da “província”, mais do que da “cidade”. Nesse dia, muitos que estão emigrados ou a viver em centros urbanos voltam “à terra”, revivendo tradições ancestrais .Num misto de cultura popular e religiosa, ganham vida inúmeros santuários marianos espalhados pelo país. Depois do Natal e da Páscoa, esta é certamente a festa religiosa mais celebrada no nosso país. Juntamente com o louvor de Deus através de Maria, festeja-se a amizade e a família alargada. Não é pouco… por isso fazemos mal se deixarmos perder este feriado!
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