Encontro improvável entre João Miguel Tavares e P. Francisco Mota
A casa do cronista e a comunidade da Brotéria, em Lisboa, serviram de palco a esta animada conversa.
A casa do cronista e a comunidade da Brotéria, em Lisboa, serviram de palco a esta animada conversa.
A Igreja de São Mamede, em Lisboa, e a sede do Bloco de Esquerda foram os locais de encontro e que deram o mote à conversa.
Cuidar de um povo não é isolá-lo nem prendê-lo ao passado. Não é incitá-lo ao ódio e à violência. Não é torná-lo arrogante e soberbo. É, sim, desenhar políticas que são ajustadas à realidade desse povo e que têm em conta os seus valores e tradições, numa perspetiva de renovação e crescimento coletivos.
A razão do nosso estar-no-mundo é fazer desta Terra Reino de Deus. E – nessa tarefa – aprofundar de coração a busca de Deus, em nós e no mundo. O apelo vem desse horizonte de Transcendência para a vida terrena que vivemos.
O desinteresse e até o mal-estar com a política não saíram do nosso quotidiano. Do revolucionário “tudo é político” parece ter-se passado para um “nada pode ser político”. Mas a política deixou de nos interessar? O político saiu das nossas vidas?
A grande questão dos incêndios tem que ver com a sustentabilidade do mundo rural, com a sua apelatividade, com o seu futuro.
Tal como numa casa, também na política externa, posso abrir a porta para negociar só o que me interessa com os meus irmãos ou flatmates. Mas se não me abro aos espaços comuns nunca vou viver naquilo em que realmente vivo: uma casa! É escolher entre a vida real ou uma second life.
Pedro Magalhães, sociólogo do Instituto de Ciências Sociais, diz que há mais gente a intervir no espaço público mas também um reforço do tribalismo. Em especial nas redes sociais.