Missa sobre o mar

No âmbito do encerramento das actividades anuais do Círculo Xavier deste ano de 2018/19, realizou-se no dia 5 uma missa numa praia do Porto.

Ao longo do ano, o Círculo Xavier, grupo ligado ao CREU (centro universitário dos jesuítas no Porto), organiza atividades de formação e desenvolvimento espiritual e cultural.

No âmbito do encerramento das actividades anuais do Círculo Xavier deste ano de 2018/19, realizou-se no dia 5 uma missa intensa e suave sobre o mar. É difícil transmitir por palavras este momento único de comunhão com a aparente infinitude do mar que levou São Luiz Gonzaga a ser tão a propósito evocado pelo P. Carlos Carneiro sj na reflexão da profundidade do mar e das suas margens, local de encontro, de esperança: “acompanhe na travessia deste mar, até alcançar a margem onde estão todas as minhas esperanças”.

E daqui ao caminho de cada um foi um passo; e fizeram-se 15 minutos de silêncio que passaram num instante fugaz a refletir sobre como ali se chegou e para onde cada um quer ir. E recomeçou-se a missa com os padres Carlos Carneiro e Pedro Cameira sj, ouvindo São João a recordar a mensagem de Jesus “Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus … Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele”.

Que descanso saber que a “bondade do Senhor permanece eternamente”, recitou-se no salmo, enquanto o sol se punha no horizonte ligeiramente enublado, e logo se ouviu a confirmação vinda de Jesus por São Mateus “…vinde a Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve”.

Mais um mote para a vida de cada um dos presentes – e foram muitos os que encheram a praia -, realçado nas palavras do P. Carlos Carneiro na ideia de que trazer Deus é leveza e suavidade; não há que ter receio; iremos todos para férias; iremos descansar, verdadeiramente. Nas palavras do P. Carlos, “descansar nas férias é descansar os outros, é descobrir a quem é que eu posso levar leveza e descanso”. E no final apelou-se a que se traga Deus sempre connosco, pois assim dar-se-á sentido às palavras que se cantaram à saída: “Onde iria eu sem Ti, Senhor \ Se Tu falas e eu oiço o mar, \ Irei conTigo onde quer que vás, \ Onde quer que o vento sopre, \ Até ao dia em que o mar me levar”.