Na tarde de 30 de janeiro os habitantes de Porto Alegre e Vila Malanza, foram convidados pela Polícia a reunir-se em diferentes pontos, para falar de violência doméstica e infantil, alcoolismo e outros problemas ainda relativamente comuns em S. Tomé e Príncipe – e que contribuem para que o país continue na cauda dos considerados mais pobres/menos desenvolvidos.
Uma semana após a tomada de posse do Comandante Ângelo na esquadra de Vila Malanza (que já antes havia chefiado), esta ação de sensibilização trouxe ao extremo sul do distrito de Caué um grande número de efetivos da Polícia Nacional, com destacada representação feminina, afim de capacitar e esclarecer a população adulta, relativamente a situações do dia a dia.
Em Vila Malanza a reunião decorreu ao ar livre, junto à casa dos Leigos para o Desenvolvimento – que foram também convidados a participar, dando um pequeno contributo para a conversa.
Numa sociedade dominada pelo sexo masculino, coube a Lurdes, Chefe de Esquadra no distrito de Água Grande e Celisneva, Agente Principal em Angolares, orientar os temas, com especial destaque para o consumo de álcool na idade adulta e infância, violência doméstica e infantil, gravidez na adolescência, importância do registo atempado dos filhos e da frequência escolar, assim como o problema do desrespeito pela autoridade, sendo todos os temas apresentados de forma construtiva e com exemplos concretos de melhores práticas comportamentais, para uma melhor convivência familiar e de vizinhança.
Numa plateia maioritariamente masculina, foram as mulheres que primeiro tomaram a palavra para participar, sendo que o tema que gerou maior burburinho foi o da violência doméstica sobre os homens.
Já em Porto Alegre a população teve a possibilidade de participar na conversa em dois lugares distintos: Centro Cultural Comunitário e junto à praia, no lugar onde os pescadores diariamente se reúnem, sendo aí abordados os mesmos temas e também com grande participação.
Sendo a Polícia, membro do Grupo Comunitário de Porto Alegre, espera-se que esta ação possa futuramente ser lá replicada, de maneira a chegar aos representantes de todas as entidades com representação no terreno, assim como aos restantes pontos da comunidade – como Ponta Baleia e Ilhéu das Rolas.