Numa tentativa constante de promover a atenção para a saúde da comunidade do Alto Catumbela e sensibilizar para os perigos do lixo deixado ao abandono sem nenhum tipo de tratamento, a equipa de trabalho para o saneamento básico do Grupo Comunitário do Alto Catumbela (GCAC) voltou ao terreno, desta vez, na praça do bairro 3 para uma nova ação de limpeza na comunidade.
A realização desta iniciativa teve o seu início pelas 15h30 e terminou por volta das 17h00, contando com 18 participantes, incluindo algumas das entidades do Grupo Comunitário e algumas das próprias vendedoras da praça, tendo cada pessoa trazido o seu material de casa, como enxada, cestos ou vassoura.
Os resíduos recolhidos da limpeza da praça e das áreas envolventes, acabaram por ser enterrados num local próximo, uma vez que, não existem contentores de recolha de lixo, devido a estes serem furtados constantemente na região.
Em posterior conversa com algumas das entidades presentes, nomeadamente, o Sr. Feliciano Sapalo, membro da equipa de fiscalização da Administração Comunal da Babaera, o próprio garantiu que “esta iniciativa não termina por aqui, pois iremos alertar o próximo grupo de vendedoras que chegar à praça para continuarem o trabalho” e acrescentou ainda que “haverá brevemente fiscalização na praça do bairro 1” e que a questão dos contentores irá ser repensada.
Para além do Sr. Feliciano, Josefina Jamba, Soba Povoacional do Alto Catumbela¹ assegura que “ações como estas devem ser realizadas com maior frequência.”
Em conversa, com estas duas entidades, foi ainda pensada, como proposta de sensibilização e possível futura ação de combate, no ressurgimento dos sacos de pano, uma prática que caiu em desuso na comunidade e que poderia facilmente a curto-médio prazo combater a ‘praga’ dos plásticos que assola, cada vez mais, o Alto Catumbela. Podendo até, esta nova prática, servir para criar uma economia circular que podia assegurar que alguns dos membros desta comunidade, como possíveis costureiros e até as mulheres da PROMAICA (Promoção da Mulher Angolana na Igreja Católica), reduzindo assim os resíduos e aproveitando os recursos desta comunidade.
Finda esta atividade, onde desde os mais novos até aos mais velhos, todos colocaram ‘mãos à obra’ para limparem o seu bairro, o balanço destacou-se pela positiva e esta consciencialização ambiental e para o cuidado da casa comum, como defende o Santo Padre na encíclica Laudato Si’, foi vista com bons olhos por todos!
¹ Autoridade tradicional local