Carnaval na ilha de São Tomé

Os Jovens Amantes da Cultura, com o apoio do grupo Neylo Straga, durante os meses de janeiro e gevereiro organizaram e prepararam as crianças e os jovens do bairro para o Festival de Carnaval “Cidade Divertida – Violência Reduzida”.

Mês de fevereiro é mês de Carnaval também na ilha de São Tomé. E o Bairro da Boa Morte não foi exceção. Os Jovens Amantes da Cultura¹ (JAC), com o apoio do grupo Neylo Straga, durante os meses de janeiro e gevereiro organizaram e prepararam as crianças e os jovens do bairro para o Festival de Carnaval “Cidade Divertida – Violência Reduzida” organizado pela Câmara Distrital de Água Grande.

O objetivo foi concretizado através da criação de duas coreografias. Uma primeira para apresentar no dia 23 de fevereiro na Praça da Independência e uma segunda para apresentar dia 25 de fevereiro no Parque Popular.

Os ensaios foram diários e o ponto de encontro era no Terraço Marítimo. Com a chegada da eletricidade, ligava-se a coluna, a música e, aos poucos, chegavam também as crianças e jovens. O compromisso e a assiduidade por parte de todos foi de louvar. Nestes mesmos ensaios, as crianças tiveram espaço, tempo e pretexto para estarem juntos, conviverem depois da escola mas também para rirem alto e brincarem livres fora dos seus quintais. O foco dos ensaios constituía também a principal motivação para ali estarem: aprenderem novos passos de dança para que num só ritmo conseguissem depois rumar à Praça da Independência e ao Parque Popular.

No dia 23 de fevereiro, a Boa Morte representada por quase 50 pessoas, todas vestidas de branco deixaram a Praça de Independência ao rubro. No dia 25 não foi diferente. Desta vez com umas t-shirts amarelas e uns calções vermelhos, como verdadeira equipa de futebol, trouxeram a “taça” para casa.

Carnaval em São Tomé

Assim sendo, aproveitando todo esforço demonstrado e também o tempo investido em ensaios, ao plano inicial acrescentou-se uma terceira apresentação, para fechar o Carnaval e mostrar a todos os frutos do tempo investido: dia 29 de fevereiro no, já referido, Terraço Marítimo. Ao JAC juntou-se o Grupo Comunitário da Boa Morte (GCBM), para que às coreografias ensaiadas (e apresentadas nos dias anteriores) se pudesse também associar a inauguração de mais um caixote “Bairro Limpo”.

No meio de muitos imprevistos e improvisos, aconteceu. Reuniu-se o ambiente de festa desejado. Para um bom arranque, boa música não faltou. Abriram-se as hostes com a encenação do teatro de sensibilização preparado pelo GCBM – em tom explicativo do próprio caixote e da correta utilização do mesmo. Após este teatro, houve um breve discurso complementar ao tema do lixo no bairro, procurando também apresentar a iniciativa do GCBM. Por fim, a entrega dos diplomas da formação de primeiros socorros, que aconteceu no Centro de Informática Comunitário entre setembro e outubro do ano de 2019.

diploma formação primeiros socorros

Chegado então o momento para celebrar a vitória da Boa Morte e também encerrar o Carnaval, os jovens dançaram as coreografias (num só ritmo) tendo sido mais uma vez claro, o empenho e investimento de todos. Para um bom desfecho, mais uma vez, boa música não faltou e ao som de um kizomba se fechou a festa.

 

¹ Grupo Informal de jovens do Bairro da Boa Morte.
² Grupo de dança composto por jovens do Bairro da Boa Morte.