SAGA

SAGA

Os gambozinos entraram na minha vida quando eu tinha 13 anos. Mal sabia eu que se ia tornar em algo que iria mudar a maneira como eu vejo as coisas, a maneira como estou com os outros e mesmo a minha relação com Deus. No decurso destes anos fiz atividades ao longo do ano, fiz campos e este ano tive a oportunidade de fazer o SAGA.

O SAGA, atividade do GEMA e também formação para animar, foi uma experiência muito boa e que me fez ver vários temas com outros olhos sendo um desses temas “o compromisso”. Uma das atividades que fizemos foi uma espécie de mini assembleia. Nesta assembleia foram apresentados vários temas/propostas às quais nós podíamos apresentar contrapropostas ou apenas falar sobre o tema. Durante estas conversas foi nos perguntado “quais são as características que um animador deve ter?”, as respostas foram várias: “ser simpático”, “estar disposto a ajudar”, “estar comprometido”, entre outros. Em conversação excluímos todas, porque nenhuma delas era a que realmente interessava, mas houve uma que permaneceu, a do “compromisso”. Então, a falar deste tema percebeu-se que o compromisso é sim a qualidade fundamental para ser um bom animador. A frase que me ficou na cabeça foi “um bom animador tem de estar 100% comprometido”, porque realmente só tendo esta dedicação e este compromisso é que daremos todo o nosso coração e todo o nosso tempo a esta organização que melhora a vida de tanta gente, nem que seja por um dia de campo em que uma conversa com o padre nos deu outra visão das coisas ou uma atividade de GAS em que aquela pessoa que achávamos que não tinha nada haver connosco foi simpática e ficámos amigos ou por tantas coisas grandes ou pequenas que nos mudaram o nosso percurso de vida para melhor.

Os gambozinos trouxeram-me algo que vou ter sempre no coração, que são as pessoas e as experiências. Durante estes dias fiquei a conhecer melhor pessoas com a qual não pensei que me fosse identificar e acabei a dar-me muito bem com elas e a partilhar ótimos momentos, como também pude estar com amigos que conheci na primeira vez que fui a um evento dos gambozinos – os 20 anos. Eu acho realmente incrível e bonito como estas amizades feitas neste ambiente são tão genuínas e mesmo que passe muito tempo sem nos vermos, visto que nos gambozinos tanto há pessoas de Braga como também de Peniche, parece que isso não faz com que estas pessoas saiam do nosso coração. Tanto no GEMA como nos gambozinos em geral, passam-se momentos que nos ensinam e nos ajudam a lidar melhor uns com os outros e o que devemos tirar disto (e que eu também tento tirar disto) é que devemos levar estas aprendizagens para o nosso dia a dia.

Algo que se faz sempre, seja em atividades, minicampos ou campos é ter momentos de reflexão. Esses momentos são mesmo importantes porque às vezes pode não nos estar a apetecer muito, mas, quando nos pomos a pensar realmente neles, temos a oportunidade de refletir sobre coisas que nos preocupam, sobre a maneira como lidamos com certas situações, sobre a maneira como vemos Deus na nossa vida, entre outras. E se as levarmos em mente para o nosso dia a dia ajuda-nos realmente.

Estes dias de GEMA deram que pensar, rir, descansar, partilhar e tanto mais. Permitiu também que aprendêssemos coisas do lado dos animadores que não sabíamos e que animar não só é diversão como também há esforço e dedicação.

Rosarinho Canha

Minicampo Oeste

Minicampo Oeste

Sendo adjunto pela primeira vez, recebi o melhor primeiro contacto com o cargo que alguma vez podia ter pedido. Experiência de primeira mão, tanto com decisões importantes, como com adaptações feitas em cima do acontecimento.

Este minicampo foi no sentido muito literal da sua descrição, um campo como o conhecemos, mas pequeno. Sentiu-se que nestes breves 5 dias de minicampo que, se quiséssemos, ter-se-iam facilmente e tornado num campo a sério de 10 dias. O campo começou a voar por si só e infelizmente, nesse momento, acabou. Contudo, foram 5 dias de conhecer, aprender e descobrir que por si já tinham um campo de verão feito. A enorme quantidade de amizades feitas e renovadas marcaram qualquer animador ou animado, ficando a desejar por mais quando acabou.

Sinto que falo por todos quando digo que, ao sair do minicampo, só me apetecia chegar diretamente ao campo de verão e continuar esta sensação incrível de espírito Gambozínico, jogos, BDSs, almoços, conversas com aquele amigo novo, novela, tudo!!!

Concluindo os meus sentimentos sobre este minicampo, considero que foi apenas um cheirinho do incrível que os campos de verão nos têm para dar e do desejo que todos temos para voltar a sair da realidade e comer terra durante 10 dias.

Hugo Reis

Minicampo Norte

Minicampo Norte

O minicampo do Norte, mais do que divertido, foi algo necessário tanto para animadores como animados, podendo-se até dizer que foram uns 5 dias terapêuticos.

Com a quarentena as nossas interações socias tornaram-se muito fracas e até os mais novos parece que se esqueceram de como se brinca. Então, com esse foco, este campo foi muito valioso porque, mais do que amizades e aventuras, eles reaprenderam a socializar e a brincar.

Contudo e felizmente, não foi apenas isso. Nestes 5 dias, Deus esteve presente de uma maneira fantástica quando a decisão de separar os momentos de oração em dois “escalões” – os mais velhos (14-17) e os mais novos (8-13) – deu liberdade a descobertas e partilhas que alguns de nós não estariam à espera de ouvir vindas de miúdos tão novos. Foram partilhas e momentos assim que nos mostraram que hoje em dia estes miúdos já têm uma certa maturidade que não estaríamos muito à espera. Ao mesmo tempo, vemos também que são tão loucos da cabeça quanto são maturos pois, quando chega a hora de ir para a roda lançar um aplauso ou jogar, eles participam como doidos e jogam, cantam, saltam e acabam com um sorriso que não dá para medir nem para olhar sem sorrir também. E essa é uma das partes mais gratificantes de ser animador, podemos estar estafados com apenas um punhado de horas de sono e a cabeça a mil, com barulho e músicas cantadas a plenos pulmões, contudo, quando vemos um sorriso assim ou um miúdo vem ter connosco e nos agradece pelo jogo e pede “só mais um”, isso faz com que tudo valha a pena. Foram pequenos momentos assim que me marcaram no meu primeiro minicampo como animador, a visão de inúmeros campos como animado mudou completamente após ver o outro lado, depois de 5 dias finalmente percebi o porquê de escolher os Gambozinos, o porquê de escolher ser animador. Os pequenos momentos foram os mais importantes e acho que isso marca tanto animados como animadores: uma conversa na roda, um comentário durante um jogo, um aplauso lançado, um momento alternativo ou talvez o “Boa Noite” cantado com mais força que eu já vi em 12 anos de Gambozinos.

Para não esquecer, foi também o Domingo de Ramos e a Via Sacra, dois momentos em que Deus se fez sentir, desde o empenho e dedicação que os Gambozinos mostraram a preparar espaços para a missa ou a ensaiar as estações da Via Sacra, até à própria Via Sacra e a missa celebrada pelo nosso querido Missé que acho que deixou nos a todos a ver o Domingo de Ramos de uma maneira com mais amor e alegria, a que Jesus tinha por nós.

Na última noite, um arraial do Norte foi preparado por equipas de animados e animadores que em poucas horas montaram uma festa que me lembrou as noites de arraial na aldeia. O orgulho com que os mais novos mostraram as suas bancas ou os sketches que prepararam, com as piadas que inventaram, mostraram que até os mais reservados estavam numa alegria demasiado grande para conter, e isso mostrou-se quando as luzes apagaram e o espetáculo de luzes feito pelos animadores começou. O que era para ser uma dança com “glow sticks” acabou por parecer um “concerto néon” em que toda a gente cantava o hino do minicampo enquanto abanava as luzes e saltava de um lado para o outro. Enquanto todos esperávamos o cansaço, os gambozinos mostraram o contrário e em uma só voz cantavam com toda a energia que tinha e provaram a todos que os gambozinos são mesmo “locos de la cabeça”.

E foi assim que, desde Gamboligas agitadas a histórias partilhadas, o minicampo do norte de 2022 se tornou um momento para guardar no coração.

João Macieira

Primeira atividade presencial do GARRA

Primeira atividade presencial do GARRA

Finalmente, a primeira atividade presencial do Garra!

Dia 30 de maio foi o dia em que o espírito gambozínico ganhou ainda mais vida, e saiu do simples ecrã através do qual foi vivido por animadores e animados durante todo ano!

A sala do zoom foi substituída pelo CREU, o link pelo respetivo portão e o gambozino que tínhamos conhecido no retângulo estático do ecrã ganhava agora forma e movimento.

Nunca estivemos tão conectados!

A atividade consistiu numa caça ao tesouro com pequenos jogos e desafios acompanhados por pistas que, juntas, culminavam na procura do tão esperado tesouro. Entre eles, corrida de sacos, estafetas e quizzes elaborados para os mais persistentes!

Com a presença dos animadores e a boa disposição dos animados não me senti sozinha nesta missão. Depressa consegui perceber que também era a primeira atividade para alguns deles, pelo que não havia nada a temer. Afinal, não era a única para quem tudo isto era uma novidade!

Apesar de ter sido uma tarde extremamente dinâmica, faltava ainda a parte mais importante!

Assim, para terminar da melhor forma e agradecer este dia tão bem passado e as novas amizades criadas, finalizámo-lo com uma missa para a qual os pais foram também convidados.

Olhando para trás reconheço que foi um ano diferente e que, inevitavelmente, exigiu mais de cada um de nós. Contudo, contrariamente ao que esperava, os animados foram bastante participativos nas dinâmicas online e o seu entusiasmo não era menor por causa disso! Estas acabavam sempre por se prolongar pela grande vontade dos animados em conhecer este movimento tão bom que é os Gambozinos!

No entanto, não há dúvida de que uma atividade presencial é sempre um momento especial que desperta diversos sentimentos.

Reaviva o espírito dos gambozinos que há em nós, deixando uma luz que nunca se apaga!

Constança Avides Moreira

GAS em Monsanto

GAS em Monsanto

Os Gambozinos do Sul e do Oeste reuniram-se para uma atividade. Estranhamente, nesta vez não havia encontro marcado para uma sala de Zoom. Finalmente, que alegria!

Numa manhã de Maio, encontrámo-nos cedo em Monsanto. Começaram a chegar caras conhecidas: umas de campos, minicampos e actividades de outros anos, e muitas que só se tinham cruzado em quadradinhos no ecrã.

O dia do GAS – Gambozinos Amigos do Sul – foi muito bom. Vieram animadores (como eu!) e Gambozinos de Lisboa, de Peniche e do Pragal. O dia começou com uma caminhada, em que íamos conversando e respondendo a algumas perguntas: iam desde “quem vem primeiro, o leite ou os cereais?” a “o que são para ti os Gambozinos?” ou “qual é o teu maior sonho?”. Parámos para lanche da manhã e para o BDS – Bom Dia Senhor. Aproveitámos estar no meio da natureza para pensar sobre o tempo e o que ele nos traz – coisas às quais gostamos mais de dar tempo, outras a que custa mais dedicar tempo, umas que trazem alegria e paz, e outras que são mais difíceis. Acabámos tempo a agradecer, e continuámos a nossa caminhada. Almoçámos, tivemos uma bela sorna e depois seguiu-se o jogo da tarde. Um percurso e vários desafios que deram direito a prémios. E até avistámos outros grupos de Gambozinos!

Foi um dia com tempo para conversar e estar, sem pressas ou obstáculos. E passou a voar! Voltámos para casa com o coração cheio de alegria e de esperança, e ansiosos pela próxima actividade presencial.

Viva ao GAS! E viva aos Gambozinos!

Francisca Lima de Barros

Uma família que Deus constrói

Uma família que Deus constrói

Ir ao RAIO? Mas o que é isso afinal?

Comecei a “animar” Gambozinos no ano passado, mas ainda não tinha tido a oportunidade de entrar nesta grande aventura que é o RAIO (Reunião de Animadores Interessados em Ordenar-se)…

Sem saber bem o que esperar, lá fui eu (e ainda bem que fui!). Sinto que não sou a mesma animadora depois deste mega fim de semana em que rezei e sonhei os Gambozinos! Fez-me relembrar o porquê de estarmos aqui e que quem nos guia nesta Missão é e será sempre “O Grande Gambozino”! Senti-me muito amada e bem acolhida com cada miminho recebido da equipa que preparou o RAIO e das “senhoras lá de casa”, as nossas queridas cozinheiras… E acima de tudo no coração de cada animador e cada gambozino! Para além de tudo isto, o que traz mesmo sentido às coisas e faz cada momento valer mais que a pena são as amizades (até aquelas que nem imaginávamos que tínhamos…)

Agradecida e mega orgulhosa de pertencer a esta grande família que Deus constrói 🙂

 

Beatriz Pereira, animadora