JRS e PAR procuram casas para alugar a famílias afegãs

Afegãos estão atualmente em centros de acolhimento de emergência, mas pretende-se que encontrem uma habitação autónoma o mais depressa possível, de modo a que possam começar a reestruturar a sua vida em território português.

Afegãos estão atualmente em centros de acolhimento de emergência, mas pretende-se que encontrem uma habitação autónoma o mais depressa possível, de modo a que possam começar a reestruturar a sua vida em território português.

O JRS – Serviço Jesuíta aos Refugiados e a PAR (Plataforma de Apoio aos Refugiados) estão à procura de habitações para alugar que possam alojar as famílias de refugiados afegãos que chegaram recentemente a Portugal. Para isso estão a apelar à sensibilização de todos para que ajudem, entre as suas redes de contactos, a identificar estes imóveis disponíveis, e em particular dos senhorios, para que celebrem contratos com estas famílias.

São 279 as pessoas que procuram uma habitação autónoma em qualquer zona de Portugal continental. Uma grande parte (211) chegaram ao nosso país no dia 16 de novembro, num corredor humanitário organizado pelo JRS, a Fundação Romulus. T. Weatherman, e outras duas organizações norte-americanas, a USAID e a Deliver Fund. Estão atualmente em centros de acolhimento de emergência, em Lisboa, Fátima e na Ericeira, mas pretende-se que encontrem uma habitação autónoma o mais depressa possível, de modo a que possam começar a reestruturar a sua vida em território português.

Procuram-se casas normais e simples, onde estas famílias possam trabalhar os seus processos de autonomia e inclusão no mercado de trabalho. Pretende-se celebrar contratos com a duração de um ano, renováveis, sendo que o JRS assumir-se-á como fiador durante o primeiro ano e continuará a acompanhar estes agregados. Uma vez que estas famílias estão a receber uma bolsa de apoio da Fundação Romulus T. Weatherman, poderão suportar os custos deste contrato, embora se procurem casas cujo valor da renda não exceda os 600 euros (com margem negocial de 200€). Quem desejar colaborar neste levantamento de imóveis, deverá preencher o seguinte formulário.

Numa segunda fase, após a saída de centro de acolhimento temporário, as famílias afegãs continuarão a ser acompanhadas pelo JRS e a PAR, mas pretende-se que possam também ser apoiadas pela comunidade. Para isto, estão a ser criadas Comunidades Locais de Hospitalidade.

Numa segunda fase, após a saída de centro de acolhimento temporário, as famílias afegãs continuarão a ser acompanhadas pelo JRS e a PAR, mas pretende-se que possam também ser apoiadas pela comunidade. Para isto, estão a ser criadas Comunidades Locais de Hospitalidade, constituídas por pessoas capazes e com espírito de serviço, que prestarão apoio informal a estas pessoas na gestão da sua vida quotidiana.

Todas as quartas-feiras, às 21h30, a equipa JRS/PAR terá uma sala virtual aberta aos membros das Comunidades de Hospitalidade, para formação, partilha, esclarecimento de dúvidas e recolha de necessidades. Fica o convite para todos se juntarem a esta sala virtual, bastando, para isso, enviar mensagem para 967 886 178 com NOME+DISTRITO.

O JRS e a PAR sublinham que estas famílias mostram vontade de permanecer em Portugal a longo prazo. Mas lembram que estas serão sempre autónomas na sua decisão de permanecer ou procurar outro lugar, pelo que todos têm de estar preparados para isso, tendo em conta o processo de luto migratório e de reconciliação que a vida os chama a percorrer. Acolherão, por isso, a decisão das famílias em paz, informando e apoiando com liberdade para os passos que decidirem dar.

Sobre o JRS e a PAR

O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) é uma organização não governamental católica internacional, fundada em 1980 pela Companhia de Jesus.

Desde 2008 que o JRS Portugal coordena a Plataforma de Apoio aos Refugiados, uma organização da Sociedade Civil a que estão ligadas muitas instituições da Igreja, que têm ocupado um lugar fundamental na linha da frente do acolhimento. A vocação e o sentido de missão tão característicos destas instituições tem sido uma mais valia na forma como as nossas famílias são acolhidas. O JRS tem tido um papel importante na rede PAR, primeiro assumindo o Secretariado Técnico e mais recentemente, a Direção.

* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.