Jesuítas lançam campanha para ajudar o Líbano

Donativos online serão recolhidos aqui, no Ponto SJ, e depois entregues à Rede Xavier, plataforma internacional de ONG's dos jesuítas, que aplicará a verba no apoio às populações.

Donativos online serão recolhidos aqui, no Ponto SJ, e depois entregues à Rede Xavier, plataforma internacional de ONG's dos jesuítas, que aplicará a verba no apoio às populações.

A Província Portuguesa da Companhia de Jesus lança hoje a campanha Ajudar o Líbano, destinada a apoiar as populações atingidas pelas explosões em Beirute que, até ao momento, causaram mais de 170 mortos, cinco mil feridos e cerca de 300 mil desalojados. Esta iniciativa pretende responder aos apelos de ajuda que chegam de quem está no terreno, entre eles muitos jesuítas, e vai ao encontro do desejo do Papa Francisco, de que os cristãos apoiem o país neste momento de profunda necessidade.

Os donativos serão recolhidos online através do Ponto SJ (na página Ajudar o Líbano) e depois entregues à Fundação Gonçalo da Silveira (FGS), que os fará chegar à Rede Xavier, a plataforma internacional de ONG’s dos jesuítas que será responsável por aplicá-los no terreno, em articulação com as entidades locais.

As explosões que abalaram a capital do Líbano no dia 4 de agosto deixaram milhares de pessoas a necessitar de ajuda urgente e um rasto de destruição. Esta tragédia veio juntar-se a uma grave crise económica e política que já se vivia no país, agravada nos últimos meses pela pandemia da covid-19. São agora milhares de pessoas que esperam poder contar com o apoio da comunidade internacional para sobreviver e reconstruir a cidade.

Em Beirute, está também o P. Rui Fernandes, jesuíta português que se encontra a fazer a sua tese de doutoramento, e que foi apanhado no meio das explosões. Apesar de não haver feridos graves entre os jesuítas na cidade, as instalações da Companhia de Jesus foram seriamente afetadas, como já foi noticiado anteriormente.

A Companhia de Jesus tem várias comunidades e obras apostólicas na capital do Líbano e está empenhada na reconstrução da cidade e no apoio às populações. Em Beirute, está também o P. Rui Fernandes, jesuíta português que se encontra a fazer a sua tese de doutoramento, e que foi apanhado no meio das explosões. Apesar de não haver feridos graves entre os jesuítas na cidade, as instalações da Companhia de Jesus foram seriamente afetadas, como já foi noticiado anteriormente.

Ao Ponto SJ, o P. Rui Fernandes contou que o grau de destruição é muito grande e que esta situação veio agravar ainda mais a situação política e social já tensa que se vivia no país. Contudo, o jesuíta português há um ano e meio no país, diz sentir também uma grande disponibilidade e generosidade entre as pessoas para ajudar. É também isso que tem feito nos últimos dias, ajudar os vizinhos e acudir onde pode.

Beirute é o centro da Província jesuíta do Próximo Oriente, e concentra diversas obras jesuíticas, entre as quais a Universidade de São José onde o P. Rui está a estudar. A cidade acolhe também várias comunidades onde residem jesuítas oriundos de todo o mundo, sendo a Comunidade de São Gregório, onde reside o P. Rui Fernandes, aquela que se situa mais próximo do local das explosões, sendo por isso a mais afetada pela destruição. Neste edifício de onze andares, situado na Rua do Hospital Ortodoxo, está também instalado o Colégio São Gregório, frequentado por mais de mil crianças, e que sofreu bastante com as explosões. A Companhia de Jesus em Beirute tem também um hospital, o Hotel-Dieu, que tem sido uma das principais estruturas de saúde da cidade a acolher os feridos das explosões.

A Campanha Ajudar o Líbano que agora arranca terá um tempo limitado e a verba angariada irá juntar-se aos donativos que estão a ser recolhidos pelos jesuítas noutros países. Através da Rede Xavier serão também reportadas as ações concretas onde este dinheiro será aplicado nos próximos tempos.

Para doar agora, basta entrar na página AJUDAR O LÍBANO

 

Fotografia: Igreja jesuíta em Beirute (créditos: Rede Xavier)

* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.