Abril sinfónico
Nesta minha jornada de crescimento e identidade, tenho chegado a algumas conclusões. Uma delas é que crescer é reatribuir significados aos símbolos com os quais marcamos a passagem do tempo.
Nesta minha jornada de crescimento e identidade, tenho chegado a algumas conclusões. Uma delas é que crescer é reatribuir significados aos símbolos com os quais marcamos a passagem do tempo.
Não aceitemos menos liberdade, não normalizemos o controlo e a vigilância. Os direitos e os valores democráticos, sobre os quais fomos construindo Estados progressivamente mais justos para todos, não devem ser postos em conflito.
Da festa da liberdade à sensibilidade em modo de sede de justiça. Assim é a playlist de Joana Rigato para o dia em que celebramos a liberdade do nosso pais.
É importante a dimensão simbólica deste ato, que celebra a democracia conquistada. Esta cerimónia adaptada, controlada, à porta fechada mantém a normalidade possível e contribui para agregar a comunidade em torno dos seus valores fundadores
Sejam criativos na forma de celebrar, por favor! Não estamos em tempos de ficar presos a rituais. As pessoas precisam de se sentir simbolicamente acompanhadas pelas instituições democráticas no sacrifício que estão a fazer.
Quarenta e cinco anos depois do discurso inaugural que marcou o 25 de Abril, hoje, dia em que se assinala o 25 de Novembro, é relevante perguntar: a que Estado chegámos nós?
Confesso-vos que, para mim, que comecei a minha vida profissional a estudar a China, uma ditadura onde a dissidência se paga muitas vezes com a morte, a forma displicente como muitos abdicam de exercer o seu voto é chocante.
Experimentei a liberdade do diverso e diferente. Percebi a dimensão espiritual de um mundo que em absoluto desconhecia e que guardo, nítido, na minha memória. O testemunho de Leonor Xavier que, depois do 25 de abril, emigrou para o Brasil.
Num tempo em que a complexidade é a marca indelével do progresso humano, não podemos cair na tentação de resumir tudo a opções simplificadoras ou a caricaturas da realidade.
Estivemos em direto da Feira do Livro de Lisboa: Tertúlia – Memórias do P. Manuel Antunes, sj.
Com a moderação de Carlos Vaz Marques, a presença da escritora Lídia Jorge, do Professor José Eduardo Franco e do P. António Júlio Trigueiros, sj