Um país de várias elites
Neste Portugal sem elite, mas de muitas elites, há uma menos visível que as outras, mas que faz o país andar para a frente. É a elite composta pelas pessoas mais insuspeitas: a da sociedade civil mobilizada.
Neste Portugal sem elite, mas de muitas elites, há uma menos visível que as outras, mas que faz o país andar para a frente. É a elite composta pelas pessoas mais insuspeitas: a da sociedade civil mobilizada.
A cidadania é um músculo que se exercita; se não a pusermos em prática, atrofia e eventualmente morre. Hábitos de cidadania saudáveis são tão importantes como o exercício físico, práticas de saúde mental, e uma vida espiritual sã.
Só depois de abraçarmos todas as dimensões da morte — antropológicas, sociais, fisiológicas, psicológicas, emocionais, legais, morais, espirituais, económicas — poderemos começar a regular de forma compreensiva todos os campos adjacentes.
Se seguirmos por este caminho de acusação, de ânimo leve e cara velada, contrapondo-se a reação baseada em medo, de pouco nos servirá tanto mediatismo. De resto, o mediatismo não beneficia ninguém: muito menos as vítimas.
Numa sociedade que faz de tudo para ser o mais agradável e leve possível (é bom para o turismo, é bom para a métrica), convém que não nos esqueçamos das pessoas invisíveis da nossa comunidade.
A ausência de violência obstétrica na gravidez e no parto não pode depender da sorte ou do privilégio. É uma questão de direitos humanos, da dignidade das mulheres grávidas e que parem.
O suicídio e a depressão são problemas de saúde pública. Mas até que consigamos falar abertamente deles uns com os outros, não vamos ter políticas de saúde pública eficazes para os travar.
Queria que gostar dos nossos próprios corpos, e existir num tipo de corpo específico, deixasse de ser um ato político radical, e passasse a ser visto como algo natural e desapaixonado.
O primeiro passo é habituarmo-nos a dizer que não. Talvez assim consigamos sair do modo de sobrevivência, e possamos gozar as nossas famílias e viver plenamente os compromissos espirituais e cívicos para com a comunidade onde nos inserimos.
Nesta minha jornada de crescimento e identidade, tenho chegado a algumas conclusões. Uma delas é que crescer é reatribuir significados aos símbolos com os quais marcamos a passagem do tempo.