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A Festa de S. Pedro e S. Paulo é o dia em que a Igreja é convidada a recordar o martírio destes dois santos em Roma. Ambos de origem judia, sendo que S. Pedro foi um dos primeiros cristãos e S. Paulo chegou a persegui-los. São dois personagens importantes dos inícios e não deixa de ser interessante saber que tiveram desentendimentos. Esta é uma festa antiga, que se celebra em Roma desde o século III d.C., tendo existido a tradição (séc. IV d.C.) de celebrar três missas neste dia.
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O que levou à escolha desta data não é claro: primeiro pensou-se que a celebração seria conjunta porque os dois teriam morrido mártires no mesmo dia; contudo, não há qualquer referência a esse duplo martírio. Se a este dado juntamos as fortes tradições quanto aos distintos lugares de martírio e a cronologia, vemos que dificilmente terá sido um martírio conjunto. A cronologia é particularmente contundente: Pedro terá morrido mártir na perseguição que rebentou em Roma após o grande incêndio provocado por Nero (64 d.C.), enquanto Paulo terá sido detido na Ásia no ano 66 e, provavelmente, martirizado por volta de 67 d.C.. Assim, restam duas hipóteses: a data poderá referir-se ao martírio de Pedro ou à trasladação das relíquias dos santos para as catacumbas, para que estivessem a salvo.
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Há registos dessa tradição no século IV, estando cada uma das missas vinculada a um lugar concreto de Roma: basílica de S. Pedro, no Vaticano, basílica de S. Paulo Fora de Muros, e catacumbas de S. Sebastião. As basílicas assinalam os lugares de martírio de Pedro e de Paulo, o primeiro crucificado de cabeça para baixo na colina Vaticana e o segundo decapitado nas chamadas Três Fontes, em que supostamente cada uma assinala os lugares onde ressaltou a cabeça do Apóstolo ao encontrar-se com o solo. A Eucaristia celebrada nas catacumbas deve-se ao facto de ser este o lugar em que se guardaram as relíquias dos dois santos durante tempos de perseguição, tentado evitar a sua profanação.
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Alguém mais atento já reparou que ao longo do ano celebra-se a conversão de S. Paulo (25 de janeiro), a cátedra de S. Pedro (22 de fevereiro) e a dedicação das basílicas de S. Pedro e S. Paulo (18 de Novembro). Só Maria e João Baptista têm o privilégio de ter vários dias dedicados. A celebração de uma festa associada a Roma -, lugar de martírio destes dois homens considerados as duas colunas da Igreja -, foi apresentada como argumento de autoridade, uma vez que a Igreja de Roma ocupa entre as demais Igrejas primitivas mais influentes do Mediterrâneo (Alexandria, Jerusalém, Antioquia, Constantinopla).
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Foi a Pedro que Jesus confiou o cuidar da sua Igreja: é a ele que coube, desde os inícios, cuidar dos seus irmãos, confirmando-os na unidade e na fé. Humilde pescador de profissão, o seu nome era Simão e recebeu o nome Pedro – Cefas, rocha em aramaico – depois de um episódio com Jesus em que só ele O reconhece como Messias. Ao chamar-lhe Pedro, Jesus pretende indicar que este seria a terra firme para começar a construir a Igreja. Desde a Ascensão de Jesus que Pedro se aventura como missionário, sendo presumivelmente o fundador da Igreja de Antioquia e tendo anunciado o Evangelho até ser martirizado.
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Foi o grande missionário dos inícios da Igreja e ainda hoje é apresentado como modelo ideal do cristão em missão. Tudo começou no meio de uma viagem em que Saulo – seu nome hebreu – se dirigia a Damasco para perseguir e deter cristãos. O que verdadeiramente se passou não se sabe, mas a conversão pessoal que daí decorre muda o rumo da Igreja. Depois de ser batizado em Damasco, segue para a Arábia, onde foi instruído, e dali para Jerusalém. Depois começa a viajar sem parar nem descansar para anunciar Cristo. Pessoa de temperamento bastante forte, redige algumas das passagens mais belas da Bíblia, como o célebre Hino da Caridade.
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Alguns alimentam a hipótese de que, com esta festa, os cristãos pretendiam substituir o lugar de Rómulo e Remo na história da cidade. Em verdade, os primeiros cristãos desta cidade viram em S. Pedro e S. Paulo a antítese de Rómulo e Remo: se estes últimos são como ressonânciada história de Abel e Caim – não esquecer o elemento comum do fratricídio – já os dois apóstolos podem apresentar-se como sinal da união entre cristãos, que ultrapassa dificuldades e divergências. Ao morrerem mártires na mesma cidade, ao animarem as comunidades através da sua pregação e fé, ao ponto de entregarem as suas vidas por Cristo, tornaram-se fonte de vida para a comunidade cristã em Roma.
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