O terço de Salvini
Se é certo que a fé não deve ser confinada ao âmbito privado, mas tem o direito e o dever de reivindicar uma participação no espaço público, também não pode ficar refém de um discurso político particular.
Se é certo que a fé não deve ser confinada ao âmbito privado, mas tem o direito e o dever de reivindicar uma participação no espaço público, também não pode ficar refém de um discurso político particular.
Em duas recentes decisões, os tribunais foram chamados a avaliar a existência de um “direito a não sofrer”. Ao negar a petição, os juízes põem o dedo numa ferida aberta: qual o lugar do sofrimento no nosso espaço cultural?
É essencial reconhecer, enquanto comunidade eclesial, dinâmicas ditadas por uma reação instintiva de medo diante do escândalo, que leva a olhar para quem denuncia abusos como uma “ameaça”. É essencial pôr no centro a vítima.
Os obstáculos à correta gestão dos abusos devem ser reconhecidos, identificados e eliminados, num plano rigoroso e realista, defende. E é essencial dar voz às vítimas, não falar apenas delas.
Hoje, 5 de fevereiro, no dia em que se completam 28 anos da sua morte, foi oficialmente aberto o processo que poderá conduzir à beatificação e canonização do P. Pedro Arrupe, numa cerimónia que juntou várias dezenas de pessoas.
Inicia-se hoje formalmente o processo de canonização do Padre Arrupe. O postulador da causa falou ao Ponto SJ sobre os contornos do processo. P. Pascual Cebollada acredita que será longo pois são centenas de documentos e 120 testemunhas.
Com que legitimidade se pode programar uma máquina (carro autónomo) para determinar a vida ou a morte de uns relativamente a outros? Quem pode tomar uma tal decisão?
A nomeação do Procurador-Geral da República deve estar submetida ao normal escrutínio democrático. No entanto, os contornos concretos da atual azáfama em torno do nome de Joana Marques Vidal levantam perplexidades e convidam-nos à reflexão.
Aproveitemos este tempo de verão, não para desligar a nossa empatia com os que mais sofrem, a nossa sensibilidade à injustiça ou o nosso olhar crítico sobre o mundo, mas antes façamos tudo isso de um modo diferente e, porque não, renovado.
Os conflitos de consciência levam muitas vezes a que se questione qual o verdadeiro valor moral da consciência nas nossas escolhas. O P. António Ary sj, que se dedica ao estudo do Direito Canónico, ajuda-nos a clarificar a questão.