Quando me apresentaram os Leigos para o Desenvolvimento usaram termos que na altura não compreendia. Não eram expressões daquelas que se aprendem na escola. Eram diferentes e quase indecifráveis na prática. Uma dessas expressões foi “missão partilhada”. Mas, de repente, fazia sentido. Não só porque era esse o convite, mas também porque não percebia como era possível viver tempos de missão de outra forma.

Mas afinal o que era isto? O que era na prática o construirmos juntos? Já tenho uma ideia, mas é daquelas coisas que se vai aprendendo até ao fim da missão. O próprio conceito vai mudando. Cada pessoa que se cruza connosco também transforma a nossa perceção do mesmo.

Sei que no fim do dia agradecer cada pessoa com quem tivemos é recordar a missão partilhada. Pedir a graça de saber construir juntos é desejar fazer missão partilhada. Cada reunião do projeto, cada encontro por acaso, cada jantar ou cada dia comunitário são missão partilhada. Missão partilhada é um desejo, é uma forma de olhar o outro, é escolher um modo de ser e de estar.

E aí encontro a beleza de fazer missão. Somos enviados juntos para servir e amar como Jesus nos ensinou. Neste tempo percebi que não posso servir e amar a se não houver a quem servir e amar de forma partilhada.

Diana Peixoto
Caparica-Pragal, 2022-2023
São Tomé e Príncipe, 2021-2022