O que é a vida religiosa?
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A vida consagrada é constituída por homens ou mulheres, que elegeram como estado de vida o seguimento radical e absoluto de Jesus, numa ordem ou congregação religiosa professando os votos de pobreza, castidade e obediência. Assim, a vida religiosa consagrada pretende ser presença escatológica na vida cristã, isto é, sinal visível de uma realidade maior. Neste contexto, encontramos pessoas que, através a sua vida de consagração, são esse sinal visível pelo dom de si mesmo, nomeadamente na vida fraterna, na oração, na consagração da afetividade, no serviço aos irmãos e no seguimento de Jesus Cristo. O invisível é o significado de entrega ao mistério de um Deus sempre maior. Os “religiosos” assumem diversos tipos, podem ser: freiras, padres, irmãos, consagrados ao Senhor, etc.
Na Companhia de Jesus (jesuítas) também existem Irmãos?
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Santo Inácio de Loyola, 6 anos depois de fundar a Companhia de Jesus, com a sua característica de mobilidade e universalidade, percebeu a necessidade de receber Irmãos que partilhassem a mesma vocação dos padres, una e diversificada, e contribuíssem para levar a cabo a única missão. Assim, solicitou ao Papa Júlio III a autorização de receber os Irmãos no corpo apostólico da Companhia. O Papa acedeu através do documento “Breve Exponi Novis” de 1546, receber os “Irmãos coadjutores”, atualmente designados como Irmãos jesuítas. Portanto, a vocação dos Irmãos é parte constituinte e estruturante da vocação de todos os religiosos, incluindo os sacerdotes, que fazem parte do Corpo Apostólico da Companhia de Jesus
O que são os irmãos jesuítas?
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O Irmão jesuíta é membro de pleno direito na Companhia de Jesus. O seu modo de vida é análogo ao dos sacerdotes, com quem partilha a vocação da espiritualidade Inaciana. Hoje, os Irmãos jesuítas estão presentes na grande diversidade de actividades que a Companhia de Jesus realiza na Igreja procurando viver a mística do serviço.
Para além das actividades que executa, o Irmão é companheiro de Jesus na comunidade, no apostolado, no testemunho de vida e na entrega generosa para a missão onde é enviado pela Companhia.
Qual a essência de ser jesuíta irmão?
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A vida do Irmão jesuíta manifesta a experiência do amor de Deus, que é o fundamento e alimento da existência humana e da vocação religiosa e consagrada. Por isso, o mais precioso na vida dos Irmãos é o dom que fazem de si mesmos a Deus e aos outros em qualquer serviço.
O que caracteriza a essência da vocação dos Irmãos jesuítas não é o que fazem, isto é, uma profissão ou ministério, mas sim “a doação da própria pessoa, oferecida ao Senhor para um serviço gratuito (…). O Irmão jesuíta encarna a vida religiosa na sua essência e pode ilustrá-la com particular clareza (…)”. (CG24)
Para que se consagram os jesuítas irmãos?
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O Irmão jesuíta consagra a sua vida de maneira gratuita para ajudar a missão comum do Corpo Apostólico, religioso e sacerdotal da Companhia que é o serviço da fé e a promoção da justiça e por isso mesmo, também vive a sua vocação como «enviado», homem em missão, que através dos superiores, recebe radicalmente do próprio Cristo”.
Como é a formação dos jesuítas irmãos?
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A exigência da missão e da vocação universal dos jesuítas (Padres e Irmãos) reclama um plano de formação adequado e específico, bem estruturado e pensado.
Assim, a Congregação Geral (34ª) determina que todas as Províncias da SJ estabeleçam programas de formação bem estruturados, que preparem os Irmãos, adequadamente, para vida e serviço. Os planos de formação incluem a dimensão humana, social, espiritual, teológica, pastoral e profissional.
Os Irmãos que tiverem qualidades para essas missões e funções especificas também devem ser preparados para trabalhar como promotores das vocações e formadores nas Províncias.
Qual a finalidade da formação dos irmãos?
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Quanto ao processo formativo dos Irmãos, as normas que orientavam a sua formação e modo de vida, estavam estabelecidas segundo a mentalidade da época. Por essa razão, desde o início da Companhia até 1927 dava-se mais importância à formação religiosa (devocional) e espiritual, em detrimento da formação académica, profissional ou técnica.
Contudo, os Irmãos participam do carisma apostólico da Companhia em toda a sua amplitude e diversidade: toda a vida dos Irmãos é apostólica pela sua consagração pessoal feita a Deus na Companhia.
Por isso mesmo toda a sua atividade define-se pelos mesmos princípios de toda a Companhia de Jesus, isto é, ter sempre em vista o maior serviço de Deus e bem universal. Neste sentido, a formação dos Irmãos deve ser espiritual, teológica e técnica, atestada pelos diplomas apropriados, e realizada nas instituições e comunidades de formação adequadas em ordem (a aperfeiçoar toda a vida). A formação longa e sólida dos jesuítas (Padres e Irmãos) é vista em ordem à missão, isto é, ao melhor serviço do Reino de Deus
Quais as etapas da formação dos irmãos?
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Embora o plano de formação dos Irmãos jesuítas preveja alguma flexibilidade, a tendência é que estes vivam, sempre que possível, nas mesmas comunidades formativas em que vivem todos os jesuítas em formação da Companhia de Jesus. Isto significa que os Irmãos podem e devem passar por todas as etapas de formação previstas para todos os jesuítas: Noviciado e Juniorado, Magistério, Teologia (esta etapa é a mais específica, mas não exclusiva, para os jesuítas que se preparam para o sacerdócio) pela própria natureza sua vocação sacerdotal e das regras e exigências da Igreja universal), e/ou outros estudos (doutoramentos) e, por fim a Terceira Provação.
O que fazem atualmente os jesuítas irmãos?
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Ser Irmão jesuíta não consiste tanto em executar determinada função, mas antes, ser apaixonado por Jesus e entregar a sua vida em favor da humanidade ao serviço do Evangelho. Neste sentido, podemos reafirmar as palavras do P. Geral, quando afirma que a identidade dos jesuítas Irmãos não é definida pelas tarefas ou trabalhos concretos que realizam mas pela qualidade de vida como servidores da missão de Cristo.
A identidade dos jesuítas está intrinsecamente ligada ao chamamento a serem companheiros de Jesus, amigos entre si, comprometidos com a missão e com profundo sentido de pertença ao Corpo Apostólico da Companhia. Os Irmãos reflectem a essência da vida religiosa e podem ocupar-se de qualquer ministério,
desde que devidamente preparados pastoral e profissionalmente, e que tal ministério não exija a ordenação sacerdotal. Devemos aceitar o facto de que partilhamos a mesma vocação na diversidade de ministérios e ocupações, mas identificados e enamorados pela espiritualidade e carisma que Stº Inácio e
a Companhia oferecem à Igreja Católica no mundo inteiro.
Ser Irmão jesuíta é uma graça e missão acolhida e concretizada na consagração religiosa pelos votos de pobreza, de castidade, e de obediência, na Companhia de Jesus, ao serviço da Igreja e do Evangelho.