Ver novas todas as coisas em Cristo – Condições para um olhar inocente
Conferência do P. José Frazão Correia, sj na Semana de Estudos de Espiritualidade Inaciana.
Conferência do P. José Frazão Correia, sj na Semana de Estudos de Espiritualidade Inaciana.
Será, sobretudo, um modo de olhar, que começa por dizer o lugar existencial e espiritual de onde se olha e a qualidade da luz que se projeta sobre a realidade. Em Cristo – como Cristo –, todas as coisas se verão de forma inocente, justa.
A indulgência é uma herança incómoda. A sua história é atribulada e penosa. Traduzi-la em linguagem compreensível e dar-lhe alcance existencial parece não merecer grande energia.. O P. José Frazão desfaz esta ideia numa reflexão marcante.
Comunga cada qual o seu pão inteiro ou comungamos todos de um só corpo partido?
Há um único rito romano comum, o que nasce do Vat. II. Com “TC”, Papa põe ponto final ao paralelismo estrutural entre forma tridentina do rito de 1962 e forma reformada de 1970. Ação justa e necessária de reconciliação litúrgica e eclesial.
A fidelidade no anúncio joga-se na tensão entre conservação e mudança. Por isso, a transmissão da fé é necessariamente ato de tradução, mesmo que no risco de traição.
A quaresma deste ano pode ser tempo particularmente propício para tirar proveito da penitência imposta pela pandemia e pelo longo estado de confinamento em que nos encontramos.
Fica o desejo de que o sonho possa ganhar corpo e gerar realidade, porque se trata do risco de sonhar um mundo novo, melhor e mais belo, que seja construído sobre o reconhecimento de cada um como um irmão.
Neste momento há cuidados a ter e gestos a evitar. Tem que ser assim. Mas, estando litúrgica e pastoralmente conscientes das limitações, contradições e riscos, será mais fácil geri-los em tempos de mortificação e de suspensão.
Desintoxicar é necessário e possível, mas implica uma reflexão profunda sobre o que é essencial e necessário. Quanto bastará para termos o necessário? A conversa de desintoxicação com o P. José Frazão Correia, sj.