Admonição à celebração
Nesta noite recordamos a promessa de Cristo: “Farei novas todas as coisas”. A promessa cumprida na sua ressurreição.
Preparemos em nós o lugar silencioso do coração para acolher o mais belo dos filhos dos homens: Jesus Cristo. A Ele e à grande notícia que nos traz nesta noite de vigília.
A celebração tem quatro momentos diferentes:
Liturgia da Luz
Veremos o lume novo, a luz de Cristo que é fogo do Espírito e amor do Pai. Essa nova luz, de uma novidade tão grande, que acende a noite e amanhece uma vida nova nos nossos corações.
Liturgia da Palavra
Escutaremos a história da salvação do povo de Deus. Nossa história também, porque essa Palavra criadora é farol para os nossos passos e luz para os nossos caminhos, e assim nos guia e guarda, fazendo da vida de cada um uma história de salvação. Aqui voltaremos a escutar o cântico novo – O Aleluia – que anuncia a Ressurreição de Cristo, nossa esperança.
Liturgia Batismal
Alegres, com essa chama de novo acesa, renovaremos as promessas do nosso baptismo, recordando que pertencemos ao Senhor, acolhidos no amor d’Aquele que nos gravou como um selo no seu coração. Este é o momento que nos recorda que a nossa “vida está escondida, com Cristo, em Deus”.
Liturgia Eucarística
Conscientes de que o Senhor, na sua misericórdia, nos escolheu e acolheu, também nós o receberemos, vivo e escondido no pão. É um Deus que se dá escondido para o podermos saborear no fruto do nosso trabalho. Um Deus que se esconde no que é humano, para nos dizer que nós, humanos, somos divinos, n’Ele. Para que assim Ele nos transforme n’Aquele a quem recebemos na comunhão.
E, se o Senhor se entrega e nos acolhe totalmente, da mesma maneira o louvamos. Por isso, participamos todos, com tudo o que somos e temos. Todos somos convidados não só a olhar e escutar, mas a cantar, a rezar, a dar corpo à alegria que Cristo nos traz e ser parte da beleza da celebração.
Esta é a noite em que o Amado, Jesus Cristo Ressuscitado e Vivo, faz novas todas as coisas e atrai tudo a si.
Velemos de coração desperto. No silêncio dos nossos corações, com a luz da fé acesa, esperamos o esposo da humanidade.
Eduardo Amaral, sj
