Forças e fraquezas do relatório da Pensilvânia

Em agosto, o Procurador-Geral da Pensilvânia (EUA) divulgou um vasto relatório sobre os abusos sexuais na Igreja que, em 70 anos, identificou 300 abusadores. O jornalista Peter Steinfels analisou-o e diz que o público foi induzido em erro.

Peter Steinfels é um antigo e conceituado jornalista do New York Times e tem acompanhado o tema dos abusos sexuais na Igreja nas últimas décadas. Quando, em agosto passado, foi publicado um documento do grande júri da Pensilvânia que relata abusos sexuais perpetrados por membros da Igreja Católica ao longo de sete décadas, Steinfiels estudou minuciosamente as mais de 1000 páginas do relatório e entende que o modo como o relatório foi noticiado induziu as pessoas em erro.

Dessa análise resultou um longo artigo publicado, a 14 de janeiro, no site da revista Commonweall. De acordo com esse artigo, o relatório contém duas acusações: 1. Identificação de abusadores, dos seus inqualificáveis atos e do número de vítimas atingidas. 2. Os responsáveis da Igreja que tinham autoridade sobre os abusadores, souberam, esconderam e não fizeram nada para resolver a situação.

Na sequência desse artigo, Peter Steinfels foi entrevistado pela America Magazine analisando os pontos fortes e fracos deste relatório. É no que respeita à segunda acusação que o jornalista americano encontrou mais inconsistências. Nesta entrevista, explica como chegou a essa conclusão.

O artigo completo, “The PA Grand-Jury Report: Not what it seems”, publicado pela revista Commonweal, onde o jornalista analisa o relatório em detalhe, pode ser consultado aqui.