Por um país digno e coeso – 1ª conversa do Ponto de Cruz

Ponto de Cruz foi para o terreno e na 1ª conversa debateu tema das desigualdades sociais. Pobreza, falta de habitação, precariedade laboral, escassez de água e desertificação são problemas de todo o País mas que aqui ganham maior expressão

O Ponto de Cruz já foi para o terreno e começou no dia 5 de fevereiro os debates que querem ajudar a sonhar um País para todos. Em contexto de eleições legislativas, queremos sonhar um país digno e coeso. Nesta primeira conversa falámos sobre desigualdades sociais na região do País onde elas parecem ser mais gritantes. Segundo o Plano de Desenvolvimento Social do Algarve, aqui a pobreza é mais grave, com 24,5% da população residente em risco de pobreza (comparando com a média de 19,4% em Portugal, a precariedade laboral é mais acentuada, o acesso à educação e à saúde é mais difícil do que no resto do país. O Algarve é também uma zona de contrastes económicos e sociais, com zonas muito ricas e outras muito pobres, um litoral sobrelotado e um interior desertificado. A escassez de habitação e a dificuldade de as famílias com menores rendimentos – e em especial os imigrantes – faz com que muitos vivam na rua ou em condições muito deploráveis. A falta de água que também se faz sentir na região e que obriga já a algumas limitações é outra causa de desigualdade social entre a população.

Para esta conversa, trouxemos um olhar académico, uma perspetiva de quem trabalha no terreno no apoio às populações e uma visão cristã e espiritual do que todos, enquanto cristãos, somos chamados a fazer.

Os convidados desta conversa que decorreu no salão do Centro Social Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, foram:

João Eduardo Martins – professor de Sociologia da Universidade do Algarve
Mariana Piteira Santos – presidente da direção da Equipa Sócio Caritativa da paróquia de S. Pedro, Faro
Helena Lucas – Engenheira do Ambiente, e da paróquia de Nossa Senhora do Amparo, Portimão