A defesa da liberdade de educação não é uma moda, mas uma causa, que passando de geração em geração, vai assumindo distintos desafios e diferentes lutas. “Hoje, a liberdade de pensar e de educar está a ser posta em causa por ideologias dominantes, porque a liberdade de educação já não trata apenas da fundação de escolas, mas da liberdade de educar na escola”, afirmou o Professor Doutor Barbas Homem, no dia 2 de dezembro, no auditório da Rádio Renascença, na apresentação do recente livro publicado pela Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), em parceria com o Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), e prefaciado pelo Ex-presidente da República, General Ramalho Eanes: Uma escola de todos, com todos, para todos – liberdade de educação.
Esta defesa da liberdade de educar, segundo o Dr. Luís Marques Mendes, que apresentou a obra composta por vinte e oito artigos, de vinte e cinco autores distintos, deve combater três perversidades muito difundidas: 1) que tudo o que é escola pública é bom; 2) que o serviço público não passa necessariamente pelas Escolas Privadas; 3) que o ministro da Educação é apenas ministro da Escola Pública. Em defesa da liberdade de educação, purificados destes preconceitos, deveríamos transformar esta causa num esforço de paz, em atitude responsável, garantindo a justa concorrência e a necessária qualidade/excelência, afirmou ainda.
Segundo o Presidente da APEC, Diácono Fernando Magalhães, esta obra, frente a qualquer tipo de “hipotecas de liberdade”, pretende fomentar o diálogo aberto e justo, trazendo de novo este tema central da democracia à reflexão conjunta, que como recordou o D. António Moiteiro, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, é um direito consagrado na Constituição, na declaração Universal dos Direitos Humanos e na Lei de Bases do Sistema Educativo.
Em tempos de mudança, esta obra de distribuição gratuita poderá trazer luz e, certamente, profundidade, à forma como, no nosso país, refletimos sobre esta matéria, transformando a liberdade de educação numa verdadeira causa humanista de luta pela liberdade de ensinar e de aprender, na defesa cada mais consciente do papel humanizador das Escolas Católicas Portuguesas, que servem os seus alunos e famílias com o mesmo amor e dedicação com que servem o País.
Boa leitura.
