“Um grito chamado Isaías” pretende tornar mais próxima a voz de Deus

CD da autoria do padre jesuíta Duarte Rosado é lançado amanhã, dia 19 de março, às 21h30, em simultâneo, no facebook da Rede Mundial de Oração do Papa-Portugal, do Ponto SJ e dos Centros Universitários dos Jesuítas.

Pretensioso e inesperado é assim o projeto “Um grito chamado Isaías”, da autoria do padre jesuíta Duarte Rosado, que é lançado amanhã, dia 19 de março, às 21h30, em simultâneo, no facebook da Rede Mundial de Oração do Papa-Portugal, do Ponto SJ e dos Centros Universitários dos Jesuítas de Braga, Porto, Coimbra e Lisboa. A sessão de apresentação integra um documentário da autoria de João Pedro Filipe.

Não houve planos detalhados, datas ou compromissos. As canções foram surgindo devagar, sem pressas. A primeira música (a 49) foi produzida para a missa nova de um amigo jesuíta. Algum tempo depois, nasceu a segunda (a 58) que acabou por ficar esquecida durante uns anos. Poder gravar em casa, abriu novos horizontes a Duarte Rosado, que passou a olhar para a música como uma forma de falar aos outros – numa linguagem compreensível e próxima – daquilo que por dentro é vivido como vida, alegria, grito, salto, ferida.

Em Roma, no Collegio del Gesù, num quarto forrado a caixas de ovos, nasceu com contornos mais nítidos a ideia de um álbum. Depois, foi uma questão de tropeçar em textos do profeta Isaías que ressoavam por dentro de uma forma inesperada. Nos últimos sete anos, Duarte Rosado procurou embrulhar cada um dos textos em música porque foi a maneira que encontrou de os tornar mais próximos da sua existência, foi a forma de os pôr a falar. Todo o trabalho se desenrolou entre Roma, Cernache, Casa Velha (Ourém) e Marvila, entre 2014 e 2020. O resultado final apresenta-se agora em formato CD, disponibilizado pela Editorial AO. As músicas estão também disponíveis no Spotify, basta procurar pelo nome do projeto “Um grito chamado Isaías”.

Para Duarte Rosado, a música é uma forma de ler o texto, de interpretá-lo, de transmiti-lo, é apenas uma das muitas maneiras de percorrer a distância entre o texto e quem o ouve. O desenho é uma outra forma de dar voz ao texto, de percorrer esta distância, e, por isso, a cada uma das canções corresponde um desenho que lhes dá forma, traço, cor e luz.

Todas as letras são do livro do profeta Isaías, com ligeiros ajustes em algumas delas. O nome das canções corresponde ao capítulo do livro do profeta Isaías onde se encontram estas passagens.

A pretensão, segundo o autor, é grande: tornar mais audível e mais próxima a voz de Deus. Ou dito por outras palavras, é uma tentativa de ajudar a rezar.

Biografia do Autor:

Duarte Rosado é um sacerdote jesuíta português. Nascido em 1985 na cidade do Porto, desde cedo foi manifestando um grande gosto pela música. Durante a adolescência, aprendeu os primeiros acordes e escreveu as primeiras músicas. Após ter dado início aos estudos de Psicologia, decidiu entrar na Companhia de Jesus, no ano de 2006. Desde então, durante uma larga formação até ao sacerdócio, a fé e a música foram-se conjugando de modo crescente. Neste momento, o P. Duarte Rosado vive em Coimbra, onde trabalha no Centro Universitário Manuel da Nóbrega e colabora como ajudante do Mestre de Noviços da Companhia de Jesus.