Notas sobre “pântanos políticos”
Falamos, hoje, de um pântano com contornos criminais, mais aproximável à Operação Marquês do que a mais um impasse político.
Falamos, hoje, de um pântano com contornos criminais, mais aproximável à Operação Marquês do que a mais um impasse político.
Hoje a Igreja reconhece o pluralismo político, mas não se escusa a acentuar que o mercado, sendo útil para o crescimento económico, deve ter limites.
As bombas caem, uma após outra, sobre Gaza. É lá que estão os reféns israelitas, sujeitos a ficar debaixo dos escombros provocados por quem os devia salvar.
Defender o direito de a Palestina existir como Estado não obriga a apoiar o Hamas, ou a recusar o direito de Israel a existir. Assim como o inverso, defender o direito de Israel existir em segurança é compatível com recusar os colonatos.
As instituições estão minadas, porque a nossa democracia nunca soube criar verdadeiros freios e contrapesos do poder, antes o prefere (sempre o preferiu) paternalista, centralista, absoluto.
Para demasiadas pessoas de ambos os lados, não há civis, não há observadores inocentes! A humanidade do outro foi quase totalmente obscurecida por décadas de conflito que fecharam todos os horizontes, exceto o da guerra sem fim.
Ao longo destes anos difíceis, que ainda mais cérebros custaram ao País, o nosso Governo tem dançado ao ritmo de uma música que só ele ouve.
As Eleições Europeias perfilam-se como verdadeiros testes para o Governo de maioria absoluta e para uma oposição que se quer afirmar como alternativa credível.
Uma sociedade decente não pode aceitar que há uma equivalência entre os que têm o que comer e onde dormir e os que não têm, deixando que as diferenças de resultados se expliquem todas pelo mérito.
Nas últimas décadas foram frequentes as chamadas de atenção dos Papas para os limites morais do mercado. Limites que nem todos acolhem, porque é mais cómodo deixar funcionar o mercado do que debater valores morais.