Legislativas: Guerra dos Tronos em versão S. Bento
Partindo da leitura que Pablo Iglesias, líder do Podemos, fez da Guerra dos Tronos, o P. Manuel Cardoso, sj analisa a situação portuguesa com vista às próximas legislativas.
Partindo da leitura que Pablo Iglesias, líder do Podemos, fez da Guerra dos Tronos, o P. Manuel Cardoso, sj analisa a situação portuguesa com vista às próximas legislativas.
É nosso desejo que os vários artigos de reflexão possam ajudar quem os lê a fazer as suas opções. Não é nossa intenção, no entanto, dar qualquer indicação concreta de voto, nem apelar ao apoio em qualquer força política.
Um católico reflete sobre a sua participação política e o seu voto a partir da dignidade da pessoa, do bem comum, da solidariedade, e da subsidiariedade. A pessoa deve ser princípio, sujeito e fim das instituições sociais.
O impacto que temos na vida política será tanto maior quantas mais pessoas conseguirmos mobilizar para a nossa visão. Podemos começar por recomeçar a falar de política cara-a-cara.
A distribuição de deputados proporcionalmente ao número de eleitores, segundo o método de Hondt, segue certamente um padrão de justiça formal. Todavia, esta mostra-se insuficiente, por não permitir olhar ao que se passa no terreno.
Que Estado é este que continua a tolerar o insuportável e elabora despachos por politiquice? E que direita é esta que reage com ignorância, indiferença e tanta falta de habilidade política?
Há uma dimensão política nestas propostas e deliberações que poderá surpreender ou até afastar algumas cristãs e alguns cristãos. O recolhimento numa fé situada à margem do mundo, uma fé que não é a de Jesus, é uma tentação frequente.
A igreja não é um museu, é o contrário do museu. Tem de facto conteúdo artístico, mas é em primeiro lugar um espaço de culto vivo e aberto, de reunião e encontro da comunidade: a ecclesia.
Podemos não gostar do que vemos, mas o estado da política e a qualidade dos políticos é em grande medida o reflexo da sociedade em que vivemos.
Quem vai ajudar Hong Kong? Para quem sente a liberdade a fugir debaixo dos seus pés é, infelizmente, uma pergunta sem resposta.