No passada quarta-feira, 3 de Novembro, o Colégio das Caldinhas reuniu-se para celebrar a festa do seu padroeiro, São Nuno de Santa Maria. Devido à pandemia, no ano passado não foi possível assinalar esta data com toda a comunidade junta, pelo que, este ano, voltar ao pavilhão feito igreja para celebrar a missa com todo o Colégio – alunos, educadores, famílias e antigos alunos – teve um sabor especial.
Na homilia da Eucaristia, o P. Carlos Carneiro, diretor geral, recordou a vida de S. Nuno, que guiou Portugal nas batalhas para manter a sua independência e foi agraciado com inúmeros títulos e terras. Mas D. Nuno Álvares Pereira tinha um amor maior, Jesus Cristo, que orientava a sua vida e, por isso, não se deixou perverter pelo seu muito poder e riqueza. S. Nuno manteve-se unido a Deus e, ajoelhado diante da cruz, imitou o seu Senhor, optando por uma vida de esvaziamento de si mesmo e consagração a Deus e às pessoas, sobretudo as mais pobres. A este propósito, perguntava o P. Carlos “diante de quem é que tu te ajoelhas?”. S. Nuno foi pelo caminho da entrega, lutou pela nossa pátria e contribuiu para unir Portugal. Seguiu Jesus e ficou a ganhar. Como S. Nuno, temos nós hoje de travar a batalha de deixar o mundo melhor: o mundo não está perdido, as pessoas querem saber umas das outras, porque nós queremos agir assim, cada um com as suas qualidades e maneiras de ser. “Não vivas só para ti, vive para os outros; não te ames só a ti, ama quem mais precisa e está tão perto de ti. Façamos juntos o nosso colégio”, que será aquilo que cada um de nós for e quiser.
A este propósito, perguntava o P. Carlos “diante de quem é que tu te ajoelhas?”
Antes do ofertório, foi içada uma grande bandeira, símbolo da união entre todas as turmas e escolas do colégio. S. Nuno foi capaz de unir Portugal e nós somos convidados a unir as nossas turmas, as nossas escolas, o nosso colégio. Na semana anterior à missa, cada turma preparou a sua bandeira, com os símbolos que a identificam, e estas foram depois cosidas para formar uma só bandeira, que une as nossas maneiras de ser e características, os nossos sonhos e projetos, os nossos desejos e histórias.
No fim da missa, foi homenageado o professor Duarte Faria, da Artave, há 25 anos no colégio. Também o Ir. José Sampaio, há tantos anos ligado às Caldinhas, e o P. Samuel Beirão, de partida para uma nova missão em Lisboa, foram lembrados.
A Eucaristia foi animada pela orquestra de sopros da Artave, dirigida pelo professor David Silva, e pelo coro de alunos do GRAPA (Grupo da Apoio à Pastoral), dirigido pela professora Cristina Lima.
A seguir à missa, houve as tradicionais provas de corta-mato do INA no bosque e, na Oficina, os alunos do 1.º e do 2.º anos estiveram juntos para que os novos alunos conhecessem os seus padrinhos “secretos” do 2.º ano, que no último mês tiveram a missão de os receber no colégio. Ao fim da tarde, houve ainda um jogo de futsal entre educadores do INA e da Oficina, justamente ganho pelos educadores do INA.