O P. Manuel Malvar foi homenageado no sábado (8 de dezembro), a título póstumo, pela comunidade paroquial de Vila Nova de Santo André, de onde foi pároco durante muitos anos, deixando nesta região também um forte cunho social. A cerimónia aconteceu no dia em que a Paróquia celebrou os 25 anos da sua inauguração.
A homenagem póstuma ao jesuíta que foi fundador e dinamizador da paróquia consistiu na colocação da uma lápide do P. Malvar junto à entrada principal da Igreja invocando a sua memória, que foi descerrada pelo bispo da diocese de Beja, D. João Marcos. O percurso do P. Manuel Malvar está fortemente ligado à comunidade de Santo André com o envolvimento e desenvolvimento de vários projetos de cariz social e humanitário.
O jesuíta foi recordado pelo atual pároco, o presidente da Junta e o presidente da Câmara como uma figura de grande elevação, na arte de congregar, servir, liderar e fazer-se ao ‘Leme’. Muitas das instituições sociais e caritativas que existem têm-no como mentor e fundador.
O P. Manuel Malvar faleceu em Braga, a 7 de Agosto de 2015, depois de prolongada doença. No entanto, apesar de ter deixado a Paróquia em 2010, a sua figura permanece viva e inspiradora no coração da comunidade que fez nascer e serviu durante a maior parte dos anos do seu ministério sacerdotal.
Após os discursos e descerramento da lápide, seguiu-se a Eucaristia, presidida por D. João Marcos, e depois o almoço no qual participaram muitas dezenas de pessoas da paróquia de S. André. A representação do Padre Provincial da Província Portuguesa da Companhia de Jesus fez-se pela presença do P. Francisco Rodrigues, sj. Neste dia de homenagem estiveram também presentes vários familiares do jesuíta, destacando-me dois irmãos sacerdotes.
O padre jesuíta foi o fundador e dinamizador do Jornal “O Leme”, jornal regional que pertence à Fábrica da Igreja da Paróquia de Santo André. Foi presidente do Centro Social Paroquial de Santa Maria; dinamizador e co-fundador do Estrela de Santo André: da Cáritas de Santo André; do Agrupamento 995 Corpo Nacional de Escutas da Aldeia de Santo André; do Centro de Convívio “Sol Nascente”; membro da direção do ATL “O Esquilo” e do Centro Comunitário “O Moinho”. Deu aulas de alfabetização aos imigrantes cabo-verdianos, que vieram construir as primeiras habitações em Vila Nova de Santo André e aos imigrantes de Leste aí residentes. Em 2001 foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito da Freguesia de Santo André.
Fotografias: Jornal O Leme