No próximo dia 1 de outubro vai assinalar- se mais um aniversário do falecimento do Padre Cruz, mas esta comemoração ainda irá decorrer com algumas restrições, devido à pandemia. De acordo com informações divulgadas pela Vice-Postulação da Causa de Beatificação e Canonização do Padre Cruz, o jazigo da Companhia de Jesus no cemitério de Benfica (Lisboa) onde repousam os seus restos mortais estará aberto mas não será permitido entrar dentro do mesmo. Quem for prestar homenagem ao sacerdote jesuíta no exterior do jazigo deverá cumprir todas as normas de segurança e higiene, como o uso da máscara.
Neste 73º aniversário da morte do P. Cruz não haverá ainda possibilidade de celebrar a eucaristia na capela do cemitério, como era habitual.
O processo de canonização do Padre Cruz teve início a 10 de março de 1951 e a fase diocesana decorreu até 18 setembro de 1965. Posteriormente, foi necessário completar o processo com os elementos requeridos pelas novas normas para a instrução dos processos de canonização. Depois de vários momentos que passaram pela audição de várias testemunhas sobre as virtudes heróicas do Servo de Deus, a terceira Comissão Histórica deste processo, nomeada a 11 dezembro de 2018 pelo Cardeal-Patriarca D. Manuel Clemente, entregou, no dia 1 de outubro de 2019, os documentos e a sua análise crítica.
Feita a clausura do Processo supletivo – que ocorreu a 17 de dezembro de 2020, este foi apresentado à Congregação para as Causas dos Santos pelo Postulador da Companhia de Jesus, o P. Pascual Cebollada, sj. Esta congregação nomeará um Relator que depositará no Postulador da Companhia de Jesus e no Vice-Postulador o encargo de redigir a Positio que é o documento final que resumirá toda a vida do Padre Cruz, a sua biografia, bem como os documentos e testemunhos que pretendem atestar a sua vida de santidade.
O P. Francisco Rodrigues da Cruz nasceu a 29 de julho de 1859 e faleceu a 1 de outubro de 1948. Foi admitido na Companhia de Jesus a 2 de setembro de 1940 por decisão do papa Pio XII e a 3 de dezembro do mesmo ano fez os seus últimos votos. Sabemos como foi um sacerdote que viveu toda a sua vida empenhado em assistir e consolar os mais frágeis, tendo viajado por todo o país para ajudar à “salvação das almas”. Apesar dos problemas de saúde que teve, a vontade de servir o próximo nunca atenuou o fulgor do seu apostolado, caracterizado pela entrega aos mais pobres.
Para conhecer melhor a vida do P. Cruz, leia este artigo ou veja o documentário feito em parceria com a Agência Ecclesia.