Milhares de jovens envolvidos em atividades de verão

Campos e colónias de férias, missões de voluntariado, exercícios espirituais em forma de peregrinação e até uma academia teológica de verão, uma espécie de universidade para aprofundar as razões da fé.

O verão é um tempo propício para a organização de atividades. Os estudantes, dos mais novos aos universitários, têm o tempo mais livre e é bom poder aproveitá-lo de forma a crescer humana e espiritualmente. Muitos movimentos ligados à Pastoral Juvenil e Universitária dos Jesuítas aproveitam este tempo para dinamizar iniciativas que, além de permitirem momentos de muita diversão, contribuem para o desenvolvimento integral dos jovens envolvidos.

Os campos de férias

Os%201primeiros%20campos%20come%C3%A7aram%20nos%20anos%2080
Os 1primeiros campos começaram nos anos 80

Há três movimentos de campos de férias ligados aos jesuítas: o Camtil, os Campinácios e os Gambozinos. O mais antigo é o Camtil que iniciou a sua atividade em 1984.  Cada um tem as suas particularidades que podem ser conhecidas consultando os respectivos sites, mas os princípios pedagógicos e de organização são muito idênticos. O objetivo destes campos, organizados por diferentes escalões etários (dos 8 aos 18 anos), é proporcionar um tempo de contacto com a natureza, de rotura com telemóveis e todo o tipo de tecnologias e oferecer atividades lúdicas, de serviço, reflexão e espirituais que permitam o crescimento integral dos 42 participantes que constituem cada campo. Orientados por um grupo de 15 a 18 animadores, acompanhados por um capelão jesuíta, estes jovens passam por experiências que os transformam verdadeiramente.

Os%20momentos%20espirituais%20marcam%20a%20vida%20de%20um%20campo
Os momentos espirituais marcam a vida de um campo

Basta espreitar o testemunho registado em alguns dos sites destas organizações para compreender o impacto destes campos de férias. Este ano decorrem 23 campos, envolvendo quase 1000 participantes e 370 animadores, e que decorrem entre o final de julho e o final de agosto.

Todos os anos um tema espiritual orienta os campos. Este ano: “Vem e verás”.

Dia típico de um campo de férias 

8h00 – Alvorada
Ginástica matinal/lavagens
9h00 – Pequeno-Almoço
10h00 – Bom Dia Senhor (BDS)
11h30 – Atividade da manhã (jogos, serviços, trabalho em equipa)
13h00 – Almoço
14h30 – Sorna/Serviços
16h00 – Atividade da tarde (jogos de água, jogos de estratégia, etc)
17h30 – Preparação do Serão (em equipas preparam-se sketches e outros momentos lúdicos)
18h30 – Boa tarde Senhor (Oração da Tarde (BTS) ou celebração da Eucaristia
20h00 – Jantar
21h30 – Serão (serões em roda, sketches, jogos nocturnos)
23h00 – Chã e bolachas
23h30 – Boa Noite Senhor/descanso.


Os campos da JOEMCA, um movimento da diocese de Braga, são bastante diferentes dos três grupos já referidos mas contam desde sempre que o apoio de capelães jesuítas. Intitulado Terra Prometida, o campo deste ano pretende, de acordo com o Ir. José Silva, sj proporcionar “uma experiência de singular profundidade que marcará indelevelmente todos os jovens que arriscam fazer esta experiência pastoral.”

As Colónias de Férias 

Col%C3%B3nias%20de%20f%C3%A9rias%20em%20Rabo%20de%20Peixe%2C%20nos%20A%C3%A7ores
Colónias de férias em Rabo de Peixe, nos Açores

Para além dos acampamentos, outras instituições ligadas à Companhia de Jesus organizam colónias de férias com crianças que vivem em zonas particularmente carenciadas.

É o caso do Centro Juvenil Padre Amadeu Pinto que organiza entre 2 e 27 de julho várias colónias de férias que abrangem mais de 100 crianças e 20 animadores/responsáveis. As atividades proporcionadas são diversas; idas à praia e à piscina, visitas a museus, cinema, desporto, etc. Procura-se que sejam momentos formativos, quer pelo convívio, a responsabilização em diversas atividades e o cumprimento de regras, ajudando estas crianças que vivem, muitas vezes, em contextos exigentes e socialmente problemáticos.

De modo diferente funcionam as colónias do movimento Rabo de Peixe Sabe Sonhar. De 4 a 18 um grupo de 25 animadores, que foi recebendo formação ao longo do ano, desloca-se àquela vila da Ilha de São Miguel, nos Açores, para dinamizar iniciativas que envolvem mais de cem crianças. O objetivo passa por ir “trabalhando, progressivamente, a realidade da vila, com vista à formação de jovens capazes de superar as adversidades que vão encontrando ao longo da sua vida.”

Missões de Voluntariado em África

Volunt%C3%A1rios%20do%20Gr%C3%A3o%20em%20Benguela
Voluntários do Grão em Benguela

O Grão descreve-se a si mesmo como “um projeto de voluntariado internacional, formado por estudantes universitários e jovens profissionais, com inspiração inaciana.” Forma os seus animadores ao longo de nove meses para que estes fiquem capacitados a desenvolver projetos que contribuam para o desenvolvimento de países africanos de expressão portuguesa. Os projetos desenvolvem-se entre 20 de julho e 20 de setembro. Uma vez que se tratam de projetos de curta duração, há um grande esforço para que a sua ação seja desenvolvida em pareceria com Organizações Não Governamentais implantadas no terreno. Esta opção permite que os esforços do voluntários do Grão sejam integrados em projetos de longo prazo e não se resumam a ações pontuais.

Exercícios espirituais em forma de peregrinação

Cartaz%20promocional
Cartaz promocional

Chama-se campo de viajantes, terá lugar de 26 de julho a 2 de agosto, e é uma proposta inovadora para cerca de 40 universitários: fazer os Exercícios Espirituais de Santo Inácio em forma de peregrinação. Estes peregrinos caminharão pelo caminho inacinao, durante quatro dias, em direção a Loyola, em Espanha. Serão acompanhados por seis animadores, na maioria jesuítas.

Aprendizes de teólogos, porque não basta sentir

De 1 a 8 de setembro decorre na Casa da Torre, em Soutelo, a Academia de Verão. Os destinatários desta iniciativa são universitários e jovens profissionais (dos 18 aos 30 anos) que já fizeram uma opção de fé e querem saber mais acerca da fé que já praticam. Por isso, ao longo de uma semana, seguem um plano de estudos que abarca diferentes disciplinas teológicas e são acompanhados por um qualificado corpo docente. Os numerus clausus desta verdadeira Universidade de verão são 50. Para quem estiver interessado em saber como tudo funciona, basta espreitar o site para ver como decorre um dia típico na Academia.

O lema da Academia indica a profundidade que se deseja alcançar: “Não basta sentir, é preciso saber.”

Conheça aqui testemunhos de participantes de anos anteriores através de um vídeo da Arquidiocese de Braga:

 

As atividades de verão em números
1300 Jovens 
430 animadores/responsáveis
48 Jesuítas 

 

Foto de capa: After you 2017.