Instituições ligadas aos jesuítas refletem sobre ecologia e justiça social

Assembleia Social junta, durante dois dias, jesuítas e leigos das obras e instituições da Companhia e é um momento de reflexão, debate e partilha entre os que trabalham nas paróquias, fundações, ONG, campos de férias e colégios.

A ecologia como justiça social será o tema principal da Assembleia Social Inaciana, que reunirá, a partir de amanhã, os colaboradores das 26 obras e instituições sociais ligadas à Companhia de Jesus. O encontro da Comissão do Apostolado Social dos Jesuítas (CAS), que decorrerá no Seminário de Almada terminará no sábado, ao final do dia.

A V Assembleia Social Inaciana terá como pano de fundo o 50º aniversário do Secretariado para a Justiça Social e Ecologia, o sector que ajuda o governo geral da Companhia (P. Geral) no campo da promoção da justiça e da reconciliação com a criação. “Este trabalho faz-se procurando fortalecer o trabalho com os outros campos apostólicos, para a justiça não ser separada da fé”, explica o P. Frederico Lemos, coordenador da CAS.

A escolha do tema da ecologia para as reflexões e intervenções do encontro prende-se com a sua ligação à justiça social “e com o impacto que as alterações climáticas têm sobre os mais pobres, que têm menos meios e capacidade para diminuir o impacto nas suas vidas, já hoje e no futuro”, acrescenta o jesuíta. Entre os oradores está Francisco Ferreira, fundador da associação ZERO, que trabalha nesta área do ambiente e da sustentabilidade. O dia começa, contudo, com a intervenção do Padre Provincial que fará uma apresentação das preferências apostólicas da Companhia para os próximos anos, entre as quais se coloca a questão ecológica.

O encontro dos colaboradores das obras da Companhia junta jesuítas e leigos e é uma momento de reflexão, debate e partilha entre os que trabalham nas paróquias, fundações, organizações não governamentais, campos de férias ou colégios ligados à Companhia de Jesus. Um trabalho partilhado e conjunto que se procura fomentar mas que me sempre é fácil. “Estamos sempre todos muito ocupados e temos todos pouca disponibilidade de tempo e cabeça para fazer um investimento na colaboração e nas coisas em conjunto. Temos muito pouco tempo para olhar além da nossa secretária”, reconhece Frederico Lemos, considerando que este é um caminho importante. “Os frutos passam por sabermos que não estamos sozinhos. E que outros, mesmo que façam coisas diferentes, têm os mesmos objetivos de promover a melhoria da vida de alguém.”