JRS pede a líderes europeus que tornem Europa novamente humana

No dia em que começa o Conselho Europeu que debaterá novamente o tema das migrações, o JRS Portugal associa-se ao JRS Europa e apela aos governantes europeus para que tomem medidas que ajudem a atenuar o sofrimento de milhares de migrantes.

No dia em que começa o Conselho Europeu que debaterá novamente o tema das migrações, o JRS Portugal associa-se ao JRS Europa e apela aos governantes europeus para que tomem medidas que ajudem a atenuar o sofrimento de milhares de migrantes.

O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS Portugal) divulgou hoje uma carta aberta dirigida aos chefes de Estado e de Governo da União Europeia pedindo-lhes que escolham tornar a Europa humana novamente. No dia em que começa o Conselho Europeu que debaterá novamente o tema das migrações, o JRS Portugal associa-se ao JRS Europa e apela aos governantes europeus para que tomem medidas que ajudem a atenuar o sofrimento dos milhares de migrantes que são forçados a abandonar as suas terras para fugir da violência e da perseguição.

Embora tenha criticado fortemente o Pacto sobre Migração e Asilo recentemente adotado pela UE, por considerar que “escolhe a detenção e segregação de pessoas que procuram proteção nas fronteiras externas da UE” e “permite a abundância de derrogações nacionais às políticas comuns em tempos da chamada crise” e “promove a externalização da responsabilidade de proteção das pessoas para países fora da UE”, o JRS considera que “a União Europeia ainda está a tempo de mudar de rumo e optar inequivocamente por atuar de acordo com os seus valores fundamentais.” Para que isso acontece, defende uma série de medidas, entre as quais:

  • Escolher procurar e resgatar ativamente pessoas no mar e trabalhar em conjunto para as trazer para o porto seguro mais próximo na Europa.
  • Escolher inequivocamente respeitar o direito à liberdade de todas as pessoas e recusar o recurso à detenção administrativa como um mal necessário.
  • Escolher a hospitalidade e acompanhamento desde o momento da chegada das pessoas e conceber em conjunto modelos de acolhimento dignos que permitam o encontro com a comunidade local.
  • Escolher construir parcerias significativas com países terceiros que visem reforçar verdadeiramente os seus sistemas de proteção e apoiar o seu desenvolvimento, e não os tornar executores satélite das políticas desumanas da UE.

Para ler a carta na íntegra clique aqui.

* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.