Casarão: uma casa em crescimento

No dia em que encerram as atividades neste novo espaço da pastoral universitária de Évora, o P. Fernando Ribeiro, jesuíta que dirige a casa, faz um balanço positivo, referindo, contudo, que este projeto precisa ainda de ser mais conhecido.

Vêm à procura de um lugar sossegado para estudar, de um grupo para estar e conviver mas também de uma conversa espiritual. Todos os dias, há estudantes que passam pelo Casarão. A nova casa da pastoral universitária de Évora abriu há menos de um ano e tem como diretor um padre jesuíta.  Hoje é o dia da sua festa de encerramento, embora a casa continue aberta para estudo ao longo do tempo de exames.

A maioria dos jovens chegam aqui porque alguém lhes falou deste espaço, explica o P. Fernando Ribeiro sj, responsável pelo Casarão, sublinhando que a melhor divulgação é aquela que decorre do passa palavra e do amigo que traz outro amigo. Alguns vêm puxados para um encontro ou atividade e depois começam a frequentar a casa com maior regularidade, acrescenta. A missa semanal que é celebrada à quarta-feira é um exemplo disso e já conta entre 30 a 50 pessoas que aqui vêm com regularidade.

“A adesão tem sido boa e esta casa representa uma mudança enorme em relação ao que existia”, afirma o P. Fernando Ribeiro sj, explicando que este é o novo centro não litúrgico da pastoral universitária de Évora. Até agora, o espaço disponível cingia-se à Igreja do Espírito Santo que, embora de enorme beleza, não servia os objetivos de uma pastoral de encontro, mais diversificada e integradora. Inspirada no trabalho que os outros centros da Companhia vêm fazendo ao longo dos anos, esta é uma casa onde são os estudantes (um grupo de animadores, aqui denominados “caseiros”) que fazem a gestão diária do espaço.

Alguns dos que agora aqui vêm estavam um pouco afastados da fé ou nem sequer tinham relação com a Igreja. Prova disso é que há atualmente dois que se preparam para o batismo e vários se prepararam ao longo do ano para o crisma. Outros que por aqui passam estão ligados às paróquias ou a movimentos de juventude como os escuteiros.

Nesta agradável casa situada bem no centro da cidade, a poucos metros da Praça do Giraldo, os universitários podem encontrar um programa de atividades feito especialmente para si, um acompanhamento espiritual personalizado, bem como salas de estudo com um ambiente tranquilo para trabalhar. Do programa deste primeiro ano de atividades, o P. Fernando Ribeiro sublinha a adesão à oração mensal, um tempo de encontro regular, e as missas de 4ª feira, e destaca ainda os encontros mensais, onde houve sempre um tema e um convidado.

As “meia de fé”, sessões semanais de 30 minutos em que se fala de um tema da fé, e as quartas musicais (que são mensais e contam com alunos da Escola Superior de Música de Évora) também têm tido adesão. Entre as atividades realizadas ao longo deste primeiro ano é de referir também a peregrinação a Vila Viçosa e o turno de exercícios espirituais para universitários.

Os desafios para o novo ano letivo são continuar a dar a conhecer o Casarão, fazendo com que a sua proposta chegue cada vez a mais jovens. “Temos a noção de que, num universo de oito mil estudantes, ainda é pouco conhecido”, diz o jesuíta Fernando Ribeiro, pelo que é preciso continuar o processo de divulgação. Entre os objetivos da próxima temporada está a criação de um grupo de voluntariado e de dinamização de atividades para docentes e não docentes da universidade, uma vez que a pastoral universitária não se esgota nos estudantes mas deseja chegar a todo o universo académico.

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Oração mensal reúne dezenas de jovens no Casarão.