Brotéria arranca ano com análise de temas políticos

Primeira edição de 2019 da revista debruça-se sobre situação na Europa e mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz. Ainda uma análise do que fica do Sínodo sobre os jovens, da autoria de Giacomo Costa, sj. O editorial é dedicado a Arrupe.

A integração europeia e a política ao serviço da paz são dois dos temas em análise na edição de janeiro da revista Brotéria, a primeira deste novo ano. Francisco Sarsfield Cabral reflete sobre a maior crise da integração europeia, desde que esta se iniciou há quase 70 anos, alertando para a  desaceleração do crescimento económico europeu e para outras tendências que vêm de fora do espaço europeu, como o regresso dos nacionalismos. Consequência, escreve, “de dois fatores principais, que também atingem a UE: o aumento das desigualdades de rendimentos no interior dos países e os problemas de identidade nacional trazidos pela globalização.”

Por seu lado, João Manuel Silva, sj analisa a carta do Papa para o dia Mundial da Paz, na qual Francisco considera que não há paz sem justiça, sem equidade, sem o reconhecimento de que cada um dos cidadãos tem uma dignidade e um valor intrínsecos, que devem ser respeitados.

Nesta edição, pode ler-se também um texto sobre a educação inaciana, da autoria do jesuíta P. Samuel Beirão, sj, e outro sobre o Sínodos dos Bispos sobre os Jovens, que decorreu em outubro e no qual participou Giacomo Costa, sj, que faz aqui uma análise do que de lá saiu.

O editorial, assinado pelo diretor da Brotéria, P. António Júlio Trigueiros, sj, recorda Pedro Arrupe, o jesuíta que foi superior Geral da Companhia e cujo processo de beatificação foi agora aberto.

Na secção de Religião pode ainda encontrar-se um artigo que faz uma reflexão teológica sobre os dogmas marianos, escrito por P. Vasco Pinto de Magalhães, sj; e na secção de História dois textos: um sobre o P. Gabriel Malagrida e outro sobre Sidónio Pais, numa síntese sobre o centenário da sua morte.

Na secção de Artes e Letras, um artigo sobre o P. António Vieira na ficção literária do Brasil, assinado por Vanda Figueiredo e José Eduardo Franco.